Ministro diz que medidas evitam encerramento de restaurantes e hotéis

«A alternativa a não estender o certificado covid à restauração era ter a restauração fechada»

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital Pedro Siza Vieira disse esta sexta-feira, 9 de Julho, que as novas medidas tomadas pelo Governo, no âmbito do combate à pandemia, em relação aos restaurantes e hotéis, são para evitar encerrar estabelecimentos.

«O que é que é importante? É perceber que, hoje em dia, temos muito mais ferramentas para gerir a pandemia do que tínhamos há uns tempos. Não é só a questão da vacinação que vai fazendo o seu caminho, mas também o facto de dispormos agora de um certificado covid», afirmou o ministro.

«Se podemos usar um certificado Covid para nos deslocarmos para outro país, também faz sentido que possamos usar o certificado covid para frequentar alguns espaços e algumas atividades que, de outra maneira, estariam encerradas», sustentou.

Pedro Siza Vieira falava hoje aos jornalistas em Vouzela, no distrito de Viseu, à margem da inauguração da empresa Carbon Team, que produz quadros de carbono e outros componentes de bicicleta em fibra de carbono, e que investiu em Vouzela oito milhões de euros para montar esta fábrica e criou 120 postos de trabalho.

O governante disse que «o crescimento do número de contágios muito significativo» do vírus SARS-CoV-2, que provoca a covid-19, atualmente, «tem a ver com a variante delta que é extremamente contagiosa e está, sobretudo, a atingir aquelas camadas da população que ainda não estão vacinadas».

Um assunto que, sublinhou, é «sério» e, por isso, tem de se encarar «a sério esta questão, que não está a acontecer só em Portugal».

«A alternativa a não estender o certificado covid à restauração era ter a restauração fechada», realçou.

«Eu acho que o esforço que fizemos ontem [quinta-feira] e que vamos continuar a fazer nas próximas semanas é de gerir o risco de contágio de uma maneira que nos permita, ao mesmo tempo, conciliar a realização em segurança de atividades, porque estamos a olhar para a situação concreta de cada pessoa que procura frequentar um restaurante ou aceder a um estabelecimento hoteleiro de uma maneira que represente um risco reduzido para os outros», argumentou.

Pedro Siza Vieira reconheceu que, «eventualmente, vai haver algumas dificuldades no arranque», o que «é normal».

Ainda assim, o Governo preferiu «tomar uma decisão de, imediatamente, permitir que a restauração nos concelhos de risco muito elevado possa funcionar ao fim de semana, já neste fim de semana, com estas capacidades».

Neste sentido, defendeu que vai ser necessário, «obviamente, algum tempo de ajustamento», mas isso «vai resolver-se».

«Isto tenderá a normalizar. Nós ainda não controlámos a pandemia; ainda temos um risco sério para a saúde de muitos dos nossos concidadãos e temos de levar isto a sério, portanto».

«Isto é uma tentativa de, mantendo o alerta de que é preciso manter os nossos cuidados em matéria de proteção individual e da comunidade, tentar permitir o mais possível que as atividades se possam fazer, sempre com o mesmo propósito, o máximo de proteção com o mínimo de limitações», concluiu.

 

 



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