Ligação marítima Portimão-Tânger num impasse por falta de meios para garantir segurança

Isilda Gomes diz que não tem novidades do Governo há mais de três semanas

A necessidade de melhorar as condições do Porto de Portimão, nomeadamente para criar uma área para controlo e fiscalização adequada à entrada e saída de passageiros, e a necessidade de reforço das forças de segurança, em especial do SEF, GNR, PSP e Autoridade Tributária podem colocar em causa a ligação de ferry entre Portimão e Tânger, que estava prevista para este Verão, avança o jornal Público deste domingo.

Segundo o Público, «esses requisitos de condições de trabalho para a abertura da nova rota têm por base o facto de as autoridades portuguesas, nomeadamente o SEF, considerarem que a nova rota constitui uma fragilidade para a segurança interna do país e da Europa, tendo em conta os problemas que já existem com eventuais redes de tráfico de droga e de pessoas».

Uma fonte ligada ao processo citada pelo jornal diz mesmo que o Porto de Portimão «não passa de um barracão» e que «só o SEF precisaria do triplo dos efetivos que tem neste momento no Algarve que nem deve chegar aos 50».

De acordo ainda com o jornal, seria necessário colocar «câmaras de vigilância, boxes de controlo para verificar os passaportes, meios informáticos» e criar salas de descanso e para serviços médicos.

Apesar de o governo marroquino ter anunciado a intenção de lançar esta nova ligação marítima no início de Julho, agora, escreve o Público, «com o mês de Agosto já quase à vista, a nova rota ainda não passou das intenções. E do lado do Governo português não há data para a abertura da nova linha, nem explicação para este impasse».

Ouvida pelo jornal, Isilda Gomes, presidente da Câmara de Portimão, adiantou que «há mais de três semanas que não tem novidades da parte do Governo sobre esse processo», sendo que, diz também, o projeto «perdeu interesse».

 



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