Dois turnos para alunos do 1º ciclo acabam em Lagos com abertura do Centro Escolar da Luz

Obra custou 3,5 milhões de euros

O novo Centro Escolar da Luz – Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

O moderno Centro Escolar da Luz, ontem inaugurado naquela vila, vem substituir as duas únicas escolas do concelho de Lagos que ainda funcionavam em dois turnos, bem como aumentar o número de salas para o pré-escolar e o 1º ciclo e garantir aos jovens alunos mais condições para fazerem a sua aprendizagem.

A nova escola, cuja obra até acabou antes do prazo previsto e dentro do orçamento, custou 3,5 milhões de euros, dos quais 1,4 milhões comparticipados por fundos europeus do FEDER.

Na cerimónia de inauguração, que decorreu ao ar livre, no novo recreio coberto, José Augusto Lopes, diretor do Agrupamento de Escolas Júlio Dantas, à qual este novo Centro Escolar pertence, anunciou que, no ano letivo de 2021/2022 que começa em Setembro, vão funcionar «duas salas de pré-escolar, quatro turmas do 1º ciclo e ainda um centro de apoio à aprendizagem».

«Acabam-se, enfim, os turnos duplos, bem como as dificuldades em aceder ao refeitório ou a instalações para a prática de atividade física», salientou. Com isso, «assegura-se a equidade para todos os alunos no concelho e no agrupamento», promovendo-se «o sucesso escolar das nossas crianças».

 

João Rosado dos Reis, Hugo Pereira, José Augusto Lopes e José Apolinário -Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

João Rosado dos Reis, presidente da Junta de Freguesia da Luz, salientou que o novo edifício vem «colmatar a lacuna que existia há décadas» e «aumentar a oferta pública» do pré-escolar na freguesia. Elogiou ainda a localização, uma vez que o Centro Escolar tem acesso fácil quer para a vila da Luz, quer para Espiche e Almádena.

Os dados demográficos indicam que a freguesia da Luz bem precisava de uma nova escola. José Apolinário, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, recordou que os dados provisórios dos Censos 2021, divulgados há dias, indicam que a população do concelho de Lagos cresceu 7,9%, mas a da freguesia da Luz ainda aumentou mais (22,9%).

«Mais residentes justificam uma ainda maior aposta nas estruturas escolares», salientou o presidente da CCDR Algarve.

Apolinário elogiou igualmente a aposta feita no «reforço das energias renováveis», quer com os painéis fotovoltaicos, quer com a energia solar para as águas quentes sanitárias.

 

Cerimónia de inauguração no recreio coberto – Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

Por seu lado, Hugo Pereira, presidente da Câmara Municipal de Lagos, começou por recordar que o projeto do Centro Escolar da Luz já existia há vários anos, mas foi «adaptado» e «emagrecido» para finalmente poder ser concretizado.

Para o autarca, esta obra «é a demonstração de que o poder local está preparado para receber as competências» que o Estado central começou a transferir, sobretudo porque, por «estar mais perto da população, responde mais rápido às suas necessidades».

Quanto ao aumento populacional que o seu concelho teve na última década, Hugo Pereira disse que «a atratividade dos territórios é tanto maior quanto maior é a acessibilidade aos equipamentos e serviços públicos».

Além do novo Centro Escolar da Luz, a Câmara de Lagos tem ainda outros investimentos em curso no parque escolar do concelho. O presidente da autarquia anunciou que está em concurso público a ampliação da Escola das Naus, enquanto em breve deverá avançar o mesmo processo para a Escola Tecnopolis. «Olhamos para tudo o que é Educação como um serviço fundamental do município», concluiu o autarca.

O Centro Escolar da Luz, situado numa das entradas da vila e a curta distância de Espiche, tem oito salas distribuídas por dois pisos, quatro delas para o ensino básico, duas para expressões e outras tantas para o pré-escolar.

Além disso, é dotado de biblioteca, cozinha, refeitório, recreio coberto e descoberto, zona para jogos tradicionais (como a macaca), hora pedagógica. Tem ainda o telhado coberto de painéis fotovoltaicos para a produção de energia usada na escola, bem como painéis solares para aquecer as águas sanitárias.

As duas antigas escolas – da Luz e de Espiche – serão agora desativadas.

 

Fotos: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

 

 



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