António Pina exige «resposta clara» do Governo em relação ao avanço do Hospital Central

António Pina justifica exigência com aquilo que o Algarve dá ao país

Foto: Hugo Rodrigues | Sul Informação

«E o nosso hospital, que era uma promessa eleitoral do Governo aos algarvios? Estamos quase a meio do mandato! É preciso ter uma resposta clara», defendeu esta quinta-feira António Pina, o presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), numa sessão que teve lugar em Faro e contou com a presença do ministro Manuel Heitor.

O também presidente da Câmara de Olhão, eleito pelo PS, aproveitou a presença do governante na cerimónia de assinatura de um protocolo entre a AMAL, a Universidade do Algarve e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, no Campus de Gambelas daquela instituição de ensino superior, para deixar um recado ao Governo.

«Já está a fazer dois anos e o Governo ainda nada disse sobre quando começa e sobre o financiamento do novo Hospital Central do Algarve», disse António Pina, durante a sessão.

Pouco depois, em declarações aos jornalistas, o autarca socialista reforçou o pedido e explicou a razão pela qual o fez.

«Hoje não podíamos deixar de fazer a pergunta ao senhor ministro e de o desafiar a alertar o Conselho de Ministros que o Algarve tem dado muito ao país. Desde logo, porque, tendo 3% da população, contribui com 5% do PIB Nacional. Durante a pandemia, a região recebeu doentes de todo o país. Tivemos um Algarve Biomedical Center que ajudou a criar dinâmicas de testagem por todo o território nacional. Agora, vamos financiar um curso em que mais de metade dos médicos formados irão para vários pontos do país que não o Algarve», enquadrou.

«E quero deixar claro para todos, uma vez que o argumento utilizado por alguns governantes era que as forças vivas da região ainda não se tinham entendido quanto à localização, esse tema é para nós já unânime: é pôr a 2ª, a 3ª, a 4ª e todas as outras pedras necessárias junto à 1ª que já colocaram em Loulé [no Parque das Cidades]», acrescentou António Pina.

Na sua intervenção, a encerrar a sessão, Manuel Heitor não ignorou o pedido do presidente da AMAL, embora não o tenha, propriamente, atendido. Prometeu apenas levar o assunto «à atenção» da sua colega de Governo Marta Temido, responsável pela pasta da Saúde.

 

 

 



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