Portimão: «para arranjarmos 20 pessoas para serem vacinadas, é preciso fazer 100 telefonemas»

As pessoas «não se vacinarem representa um perigo para elas próprias e para os outros concidadãos»

Centro de Vacinação de Portimão – Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

«Tive conhecimento que, para arranjarmos 20 pessoas para serem vacinadas, é preciso fazer 100 telefonemas», revelou a presidente da Câmara de Portimão, num encontro com os jornalistas que teve lugar ontem, para anunciar o adiamento de obras e o avanço de outras.

Referindo-se ao trabalho que todos os dias é feito pelas equipas encarregadas de contactar as pessoas em idade de serem inoculadas com a vacina contra a Covid-19, Isilda Gomes salientou que a necessidade de fazer tantos telefonemas «significa que há muita gente a recusar a vacina».

Num momento em que «os números de novos casos de Covid-19 continuam a crescer no Algarve», a autarca portimonense manifestou a sua preocupação com a recusa das pessoas se vacinarem, que é, sublinhou, «a forma mais segura de combatermos esta pandemia».

«Teremos de lançar uma campanha a apelar para que as pessoas se vacinem, para que as pessoas assumam também essa responsabilidade, porque não se vacinarem representa um perigo para eles próprios e para os outros concidadãos», concluiu a presidente da autarquia.

Segundo os dados do boletim de 22 de Junho (o mais recente) sobre a taxa de incidência da Covid-19 no Algarve, enviado pela Autoridade de Saúde Regional aos 16 municípios da região, Portimão apresentava já uma taxa de incidência 144 casos por 100 mil habitantes. Ou seja, se as regras não tiverem sido mudadas, Portimão deverá hoje entrar no lote dos municípios «sob aviso», a ser anunciados após a reunião do Conselho de Ministros.

Neste concelho, os dados mais recentes apontam também para a existência de 85 casos ativos de Covid-19.

 



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