Governo muda limites para aplicação de restrições nos concelhos de baixa densidade

António Costa admitiu que critério que estava em vigor é «altamente penalizador» para os concelhos de baixa densidade

A aplicação de “travões” no processo de desconfinamento ou retrocessos vai passar a ter novas regras nos concelhos de baixa densidade, acabou de anunciar o primeiro-ministro António Costa, em conferência de imprensa.

Nestes municípios, os limites de incidência de casos de Covid-19, para aplicação de restrições, duplica. Ou seja, se o limiar for de 120 casos por 100 mil habitantes a 14 dias, passa, nestes municípios, a ser de 240 casos. Se o limiar for de 240, passa a ser de 480.

António Costa admitiu que o critério que está em vigor «é altamente penalizador para os concelhos de baixa densidade», sendo que «um dos fatores de risco da pandemia é, em primeiro lugar, o contacto humano. Quanto maior a densidade, maior o risco. Isto significa que, nos territórios de baixa densidade, o risco é menor», justificou.

Para o primeiro ministro, esta é uma «alteração importante», tendo em conta que «os territórios de baixa densidade ocupam dois terços do território nacional».

Ainda assim, no caso do Algarve, apenas os concelhos de Aljezur, Monchique, Vila do Bispo, Alcoutim e Castro Marim são considerados como territórios de baixa densidade.

Já no Alentejo, apenas o concelho de Sines não o é, e continua com os atuais limites.

Atualmente, Odemira é um dos dois únicos concelhos a nível nacional [o outro é a Golegã] que estão atrasados no plano de desconfinamento, mantendo-se as regras de 19 de Abril.

Não há também, de acordo com a atualização do Governo de hoje, mais nenhum concelho do Algarve ou Alentejo em situação de alerta.

António Costa apresentou também hoje as próximas fases do plano de desconfinamento, veja aqui quais são.

 

 



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