Geopalcos vive Arte, Ciência e Natureza em Albufeira, Loulé e Silves

Evento bianual, que liga a arte, ciência e natureza com e para as pessoas, é dinamizado pelo aspirante Geoparque Algarvensis Loulé-Silves-Albufeira

O Geopalcos Arte.Ciência.Natureza – um programa de intervenção cultural no território aspirante Geoparque Algarvensis Loulé-Silves-Albufeira – prossegue a 4 de Junho, às 19h30, na Galeria Municipal João Bailote, em Albufeira, que acolhe “Percurso – 1381 Km2”.

Trata-se da estreia absoluta de uma composição musical que representa os 1381 quilómetros quadrados dos concelhos do território aspirante a Geoparque (Loulé, Silves e Albufeira), da autoria do maestro Armando Mota. Esta peça sonora foi composta para a exposição fotográfica “Pelos Trilhos do Algarvensis”, de Rui M.M. Gregório, que estará patente no mesmo local, entre 4 de Junho e 30 de Julho.

A 10 de Junho, às 21h30, no Largo Conselheiro Magalhães Barros, em Silves, apresenta-se “A Terra onde se nasce”, com Pedro Pinto (Reflect), João Mestre e Laura Abel.

Através da poesia, música e dança, envolvem-se numa atmosfera multidisciplinar, tendo como base paisagens cuja história se prolonga para lá do horizonte. Partindo da obra de João de Deus, o evento propõe-se explorar camadas artísticas através de uma criação inédita e original.

Ainda em Silves, mas a 12, às 19h00, na antiga escola primária de Monte Boi, Helena Madeira junta a sua harpa a Fly Pontes, especialista em arte mural, para criar “Diálogo”, uma proposta de intervenção artística que tem por objetivo «imprimir ao espetáculo um diálogo pictórico universal, de onde ecoam os sons intemporais de personagens do território».

Neste evento, o público será convidado a assistir à pintura de um mural relacionado com o GeoParque, nomeadamente com o Metoposaurus algarvensis, embalados pelo universo musical etéreo da harpa e do canto.

E em Albufeira, em Paderne (início e fim no estacionamento debaixo do viaduto, a caminho do castelo), a 12 e a 26, sempre às 9h00, há “Caminhos da Poesia” com Ana Sofia Brito e Mateus Verde, respetivamente, que guiam os participantes em circuitos pedestres performativos.

Em Loulé, na Fonte da Benémola, a 13 de Junho, a partir das 18h00, Milita Doré inaugura a instalação artística “Colheitas”, com o objetivo de sensibilizar sobre a situação social e ambiental que levou ao abandono da agricultura de subsistência nos últimos cinquenta anos.

Os passeantes são projetados num ambiente de cultivo e de alegria e, ao caminhar para a Fonte da Benémola, poderão avistar, entre árvores e arbustos, alguns patamares ocupados por tiras de tecido amarelo, onde os corpos trabalhavam e se cruzavam numa atividade frenética.

Também no concelho de Loulé, na Rocha da Pena e Penina, no dia 17, às 19h00, abre-se a “Montante”, instalação sonora de Vasco Nascimento.

É uma obra invisível, instalada em dois locais de convergência das pequenas comunidades que rodeiam a Rocha da Pena.

«Os caminhantes que se percam profundamente na paisagem, experienciando o lugar com todos os sentidos, poderão tropeçar nos sons que pairam à volta da Fonte dos Amuados, na Rocha, ou no Largo de Nossa Senhora de Fátima, na Penina», explica a organização.

Ainda em Loulé, a 23 de Junho, estreia nas profundezas d’“O osso do mar”, instalação artística, visual e sonora por Miguel Cheta, Christine Henry e João Caiano.

Trata-se de um projeto multidisciplinar composto por objetos escultóricos/instalações, imagem em movimento, som e performance na Mina de Sal Gema, em Loulé, a 230 metros de profundidade, um lugar inusitado para fruição de arte contemporânea.

O espectador é «desafiado a uma descida abissal, ao coração de uma mina, à intimidade da matéria, à imersão no Sal Gema, ao mergulho num mar fossilizado, proporcionando um encontro com o sentido oceânico gravado no sal».

E a fechar o mês de Junho, o Geopalcos propõe “Fado & Blues – o casamento na pedreira”, concerto que junta dois guitarristas de estilos bem diferentes, Vítor Bacalhau e Ricardo Martins.

«Ambos os estilos evocam, à sua maneira, o lamento da alma, com raízes profundas no povo, e essa mistura inusitada criará uma experiência, aparentemente, impossível».

O Geopalcos Arte.Ciência.Natureza prolonga-se até 12 de Setembro e é «um evento bianual que liga a arte, ciência e natureza com e para as pessoas, pensado a partir da colaboração e participação das populações» e dinamizado pelo aspirante Geoparque Algarvensis Loulé-Silves-Albufeira, através dos municípios.

As intervenções culturais têm lugar em 10 geossítios, que incluem, entre outros, alguns locais inusitados, tais como a Mina de Sal-Gema e a Rocha da Pena (Loulé), a antiga escola primária de Monte Boi ou uma pedreira de grés em Vale Fuzeiros (Silves) e o Castelo e a ponte de Paderne (Albufeira).

O projeto surgiu de uma candidatura intermunicipal, liderada pela AMAL, juntando os 16 municípios algarvios e a Direção Regional de Cultura do Algarve, que resultou no “Bezaranha – Programação Cultural em Rede”, programa que assegura parcialmente o financiamento do Geopalcos, recorrendo ao Programa Operacional Regional do Algarve (CRESC Algarve 2020).

Em breve, a organização do Geopalcos dará conta da programação de Julho.

 



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