Escolas encerraram no Algarve porque «tínhamos de fazer qualquer coisa»

De acordo com a delegada regional de saúde, este domingo havia, em Albufeira, Faro, Loulé, Olhão e São Brás de Alportel um total de 52 turmas em isolamento

Ana Cristina Guerreiro – Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

«Sentimos que tínhamos de fazer qualquer coisa». É assim que a delegada regional de saúde do Algarve justifica a suspensão do ensino presencial para o 1º e 2º ciclos nas escolas de Albufeira, Faro, Loulé, Olhão e São Brás de Alportel que começou esta segunda-feira, 28 de Junho.

Em declarações aos jornalistas na manhã de hoje, Ana Cristina Guerreiro explicou que «estes concelhos estão com taxas de incidência muito elevadas», sendo o fim das aulas presenciais «uma medida que, na nossa perspetiva, se justifica».

De acordo com a delegada regional de saúde, este domingo havia, em Albufeira, Faro, Loulé, Olhão e São Brás de Alportel um total de 1300 alunos, de 52 turmas, em isolamento e 78 alunos infetados.

Já segundo o comunicado de ontem, da Administração Regional de Saúde (ARS), há atualmente «816 casos confirmados ativos de Covid-19», nestes concelhos, com uma taxa de incidência a 14 dias (casos por 100.000 habitantes) de 583 para Albufeira, 329 para Faro, 448 para Loulé, 403 para Olhão e 326 para S. Brás de Alportel».

O fecho das escolas foi conhecido este domingo já ao final da tarde (em dia de jogo de Portugal no Euro 2020), numa decisão que causou espanto junto dos pais pelo timing. 

 

 

Foto: Pedro Lemos | Sul Informação – Arquivo

 

A delegada regional de Saúde explicou que a ideia era ter «a proposta pronta antes».

«Tudo leva o seu tempo. Começámos a fazê-la no sábado de manhã, mas não foi possível ter tudo pronto antes porque isto exigiu harmonização dentro de vários níveis da saúde pública, bem como com estruturas do Ministério da Educação», justificou.

Apesar de ser «na população ativa que se concentra o maior número de casos», a delegada regional de Saúde acredita que o fim do ensino presencial «pode diminuir o número de casos na região».

«Todo o trabalho, ao longo da pandemia, nos indica  que podemos efetivamente ter alguma redução», disse.

Ana Cristina Guerreiro também revelou que se pondera, «a toda a hora, outro tipo de medidas», dizendo que «queríamos evitar, a todo o custo, um grande impacto na economia».

«Não tenho no pensamento nada em concreto de novas medidas, mas estamos permanentemente a avaliar todas as situações», considerou.

De resto, já esta quinta-feira, na próxima avaliação do Conselho de Ministros, é de esperar que mais concelhos algarvios recuem no desconfinamento, devido à alta incidência de casos de Covid-19.

 

 

 



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