A Lontra, a Sereia e o Alfaiate foram até às escolas de Lagoa em mais uma ação do PEEA|PARTe

PEEA | PARTe traz programa exclusivo de educação artística, em regime imersivo e em contexto de sala de aula

O Programa de Educação Estética e Artística (PEEA), da Direção-Geral de Educação, através dos projetos PARTe, envolveu, durante as duas últimas semanas de Maio, mais de 100 alunos e 20 professores do 2º e 3º ciclos dos agrupamentos de escolas de Lagoa, em ações imersivas de arte e território, que culminaram com apresentações de teatro à comunidade.

As apresentações das turmas do 7º D e 8º E do Agrupamento ESPAMOL aconteceram na passada sexta-feira, dia 28 de Maio, no anfiteatro de Carvoeiro, a partir do conto Sereia Seixa sobre a formação das arribas de calcário conquífero das praias do concelho.

 

 

Já as apresentações das turmas do 5º A e 9º B do Agrupamento Rio Arade decorreram uma semana antes, no dia 21, no Auditório Carlos do Carmo, em Lagoa, a partir dos contos A Lontra Bernardina das Fontes e Alfaiate, sobre património material e imaterial do concelho.

 

Os contos são da autoria de Helena Tapadinhas: a Sereia e a Lontra são dois dos dez Contos do Mago – narrativas e percursos geológicos, uma mitologia de criação geológica do Algarve, livro que foi o recurso pedagógico do último ciclo temático do Programa Regional de Educação Ambiental pela Arte, o PREAA, enquanto Alfaiate recebeu o Prémio Literário Santos Stockler, do município de Lagoa.

Mas é na qualidade de embaixadora do PEEA, responsável pela implementação dos projetos PARTe – Arte e Território nos concelhos pioneiros de Silves, Lagoa e Monchique, que Helena Tapadinhas sublinha: «durante a semana dos PARTe, alunos, professores, formadores, técnicos da autarquia trabalharam intensamente para estas apresentações finais, que não são espetáculos, são muito mais do que isso: são momentos-chave do processo educativo, que se pretende globalizador e transformador».

É que, salienta Helena Tapadinhas, «a educação artística visa a formação integral das pessoas e não criar artistas. E mais: estas apresentações são acontecimentos essenciais porque promovem o encontro da comunidade. Reforçam-se os laços de pertença ao território. Valoriza-se o gosto pela escola, o espírito de grupo, a autonomia, o sentido crítico, a criatividade, a comunicação, a expressão. São cidadania».

Para cada projeto PARTe, há um programa exclusivo de educação artística, em regime imersivo e em contexto de sala de aula, conduzida por uma equipa de artistas-pedagogos, e dirigida a uma turma e aos seus professores.

A equipa de artistas-pedagogos no concelho de Lagoa integrou a embaixadora PEEA, bem como Rita Wengorovius, como formadora PEEA, especialista em Teatro e Comunidade e diretora artística do Teatro Umano, e ainda Jorge Soares, artista local, bonecreiro e encenador, do teatro D. Roberto – o algarvio.

 

«A metodologia PARTe implica a participação de todos; o guião é construído a partir das contribuições dos alunos, assente na coralidade, onde todos os alunos são protagonistas. Inclusão, equidade, atenção à diferença, reforço positivo, responsabilização, investigação e questionamento são palavras-chave», explica Helena Tapadinhas.

Apesar do cerne destes projetos ser a experiência de “mergulhar” na educação artística em contexto de sala de aula, os PARTe incluem outras ações educativas antes e depois desta semana, como as sessões de narração oral dos contos e os percursos pedestres de interpretação da paisagem.

Os PARTe desenvolvem-se em parceria com as Câmaras Municipais e com os Centros de Formação de Professores de associação de escolas.

 

 



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