O índice de transmissibilidade, ou R(t), desceu acentuadamente no Algarve, dos 1,08 da passada semana para os 0,95 de hoje, dia 21 de Maio, segundo o relatório de “Monotorização das linhas vermelhas para a Covid-19” que o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) acaba de divulgar.
Ainda no que diz respeito à transmissibilidade, o Alentejo, com uma taxa de 0,92, é a região do país onde este indicador foi mais baixo, no período entre 12 e 16 de Maio.
Ambas as regiões têm valores abaixo da média nacional, que é hoje de 1,03, «a nível nacional e para o Continente» – há uma semana era de 0,99.
Quanto à incidência cumulativa a 14 dias, a 19 de Maio, «foi de 53 casos por 100 000 habitantes em Portugal, representando uma tendência ligeiramente crescente», revelou o INSA.
Por regiões, o Algarve é aquela onde este indicador é mais elevado em Portugal Continental, com 76 casos por 100 mil habitantes, o que representa um ligeiro aumento em relação à passada sexta-feira (era de 68,4).
Em contrapartida, o Alentejo apresenta um valor abaixo da média nacional (39), apenas acima do Centro (31). Lisboa e Vale do Tejo tem 52 e o Norte 55.
De volta ao R(t), a região onde este com o nível de transmissibilidade mais elevado foi Lisboa e Vale do Tejo (1,11), «sugerindo uma tendência crescente, mais acentuada nesta região».
A manter esta taxa de crescimento e a verificada no país, «o tempo para atingir a taxa de incidência de acumulada a 14 dias de 120 casos por 100 000 habitantes será de 61 a 120 dias e 31 a 60 dias, respetivamente, para o nível nacional e Lisboa e Vale do Tejo».
«O aumento dos valores do índice de transmissibilidade R(t) deve ser acompanhado com atenção durante a próxima semana, pois pode sinalizar o início de um período de crescimento da epidemia», avisou o INSA.
O instituto também dá conta de uma «transmissão comunitária de moderada intensidade e reduzida pressão nos serviços de saúde».
«O número diário de casos de Covid-19 internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente revelou uma tendência ligeiramente decrescente, correspondendo a 24% do valor crítico definido de 245 camas ocupadas», enquadrou esta entidade.
Quanto às variantes do novo coronavírus, a chamada do Reino Unido continua a prevalecer, de forma, clara, em Portugal (91,2%).
Há mesmo duas regiões, a Madeira e os Açores, onde é a única estirpe do novo coronavírus presente. No Continente, o Alentejo é a região com maior prevalência (97,6%), seguida pelo Algarve (96,3%).
Os casos associados às variantes da África do Sul e do Brasil rondaram a centena, até 19 de Maio, em ambos os casos. Ainda assim, o INSA considera que «existe transmissão comunitária» destas variantes.
No que toca à linhagem indiana, foram identificados duas dezenas de casos e «não parece existir transmissão comunitária desta variante», diz o instituto.
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