“Lavrar o Mar” regressa com caminhadas para pensar

Iniciativa repete-se depois do sucesso do ano passado

Falar sobre temas tão diversos como matemática, cultura, arquitetura ou jornalismo com «convidados maravilhosos», enquanto se caminha. São as Caminhadas com Arte, do “Lavrar o Mar”, que regressam este domingo, 16 de Maio, e vão passar por Monchique e Aljezur. 

Esta será a segunda edição desta iniciativa que, no ano passado, foi um autêntico sucesso. Vai daí, Giacomo Scalisi e Madalena Victorino, programadores do “Lavrar o Mar”, decidiram que era para repetir.

«A primeira edição correu tão bem que sentimos a necessidade de ter esta reflexão contínua sobre o que acontece no nosso mundo e na nossa sociedade», começa por dizer Giacomo, ao Sul Informação.

É que as Caminhadas com Arte juntam o melhor de dois mundos: um passeio pela natureza com a sapiência dos vários convidados que, em cada caminhada, vão falar sobre temas que dominam.

Monchique vai acolher os primeiros passeios já este domingo, dia 16, a partir das 9h30.

No total, haverá oito caminhadas, com nomes como Adérito Araújo, que falará de Matemática, Cristina Grande, programadora cultural da Fundação Serralves, o artista visual Henrique Frazão, que abordará memória, fotografia, arquivo, cápsulas do tempo e alterações climáticas, e ainda o curador, professor e ensaísta Delfim Sardo, que contará histórias de artistas que, de uma ou outra forma, nos fazem refletir sobre a estranha relação entre sucesso e fracasso que é a arte.

A estes juntam-se ainda as caminhadas conduzidas pelo filósofo, professor, encenador e poeta João Maria André, por Miguel Matos, perfumista que vai ensinar a «apreciar a paisagem com o nariz», José António Bandeirinha, arquiteto, investigador e professor e, por fim, Fernando Matos Rodrigues, investigador, antropólogo e sociólogo e António Cerejeira Fontes, arquiteto e engenheiro civil.

 

Giacomo Scalisi – Foto: Hélder Santos | Sul Informação – Arquivo

 

Em Aljezur, as “Caminhadas com Arte” decorrem apenas a 6 de Junho, com início às 9h30. Neste concelho, há também oito passeios, com nomes bem como conhecidos do “Lavrar o Mar”, como o escritor Afonso Cruz, um dos autores da saga “Medronho”, e que falará precisamente sobre álcool e a sua influência ao longo das histórias da humanidade e da civilização.

Os outros guias destas caminhadas para pensar vão ser a artista plástica Ângela Ferreira, o bioquímico David Marçal, o arquiteto Henrique Schreck, o economista José Reis, Luís Veloso, investigadora e socióloga, Maria João Neto, investigadora em história e sociologia, e, por fim, Pedro Miguel Santos, jornalista do Fumaça.

Cada caminhada terá um percurso diferente, percorrendo trilhos e caminhos de dificuldades fácil e moderado. No final, em cada passeio, haverá um pequeno almoço, sendo que o máximo de participantes são 15 pessoas por caminhada.

A pandemia, lamentou Giacomo Scalisi, ainda não permite que se faça «um grande almoço, com todos, como tínhamos previsto, mas apenas uma pequena refeição com as pessoas de cada caminhante».

E a verdade é que os programadores do “Lavrar o Mar” já sentiam as saudades das pessoas, sequiosas de voltar às iniciativas.

«Temos muita gente que vai repetir as Caminhadas com Artes, depois de já ter participado ano passado, mas também há outras a aproveitar esta ideia de caminhar para começar a desconfinar», concluiu Giacomo Scalisi.

Quem quiser comprar bilhetes, que custam 10 euros, pode fazê-lo aqui.

 

 

 



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