Já começaram as obras de restauro da Torre 4 e muralha adjacente do Castelo de Silves

Problemas tinham sido identificados pelos técnicos de restauro da autarquia

As obras de conservação e restauro da Torre 4 e muralha adjacente, que integram o Sistema Defensivo da Almedina de Silves, começaram esta segunda-feira, anunciou a Câmara Municipal.

A intervenção prevê reparar um conjunto de patologias previamente identificadas pelos técnicos de restauro da autarquia, apesar de até haver um projeto de requalificação de todo o sistema defensivo da Almedina, numa obra que ascende os 2,4 milhões de euros.

Além das obras agora em curso, a Câmara de Silves já promoveu outras intervenções, como a conservação, restauro e requalificação de todo o sistema defensivo da Almedina, as intervenções ocorridas na Torre 16, na Torre 1 e passeio de ronda do Castelo (2015), a conservação e restauro do Pelourinho (2019), da Cruz de Portugal (2020) e do pavimento em madeira da Sé de Silves (2020).

A medina islâmica de Silves, amuralhada desde, pelo menos, o século X, apresentava um imponente dispositivo defensivo, composto por panos de muralha e 17 torres, 10 das quais albarrãs, sendo as restantes adossadas.

Construída em taipa militar e parcialmente revestida com blocos de arenito vermelho, defendia uma área de cerca de 9,75 hectares. Esta era acessível a partir de três portas, a da Azóia, a noroeste (local onde persistiram, até 1834, as ruínas de uma torre de oito quinas), a do Sol, a nascente, cuja construção foi documentada por uma lápide comemorativa, datada de 1227 encontrada nas proximidades e, a Porta da Almedina, visível em foto de 1883 e incluída em torre localizada a cerca de 60m a poente da Porta da Cidade (Torreão) esta última presumivelmente erguida no reinado de D. Dinis.

Com várias intervenções ao longo dos séculos, com destaque para os reinados de D. Fernando (1367-1383) e de D. João I (1385-1433), mas também para a época de D. Afonso V (1438-1481) e D. Manuel I (1495-1521), foram ainda reparadas pela população, em 1836, como forma de proteção à guerrilha de Remexido, decorrente das lutas liberais.

Já no século XX, foi alvo de profundas obras de restauro pela Direção Geral dos Monumentos Nacionais e com incidência em toda a zona amuralhada.

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