CDS-PP: Isilda Gomes apropriou-se de medidas «anunciadas para vários concelhos»

José Pedro Caçorino reagiu aos anúncios feitos por Isilda Gomes após uma reunião com António Costa, na sexta-feira

Câmara de Portimão – Foto: Bárbara Caetano | Sul Informação

José Pedro Caçorino, vereador do CDS-PP na Câmara de Portimão, acusou Isilda Gomes, presidente da edilidade, de se apropriar «de medidas que foram anunciadas para vários concelhos» e de dar «voz a outras, que também não são exclusivas» para este município algarvio, na sequência de uma reunião que a edil manteve com o primeiro-ministro António Costa.

Num comunicado, o também líder do CDS-PP/Algarve considerou que aquilo que Isilda Gomes anunciou após a reunião com António Costa, na sexta-feira, foram «importantes “conquistas” para Portimão, que estranhamente – ou talvez não! – ou já estavam adquiridas ou não se aplicam exclusivamente a Portimão».

Isto «apesar de saber e não poder ignorar que da conveniente audiência de dia 30 de Abril nada de palpável iria resultar».

«O propalado reforço de vacinação, para inocular os maiores de 60 anos, tinha já sido anunciado, sendo extensivo aos outros três concelhos que retrocederam com Portimão no desconfinamento em 16 de Abril», lembrou.

«Mais estranho é que o próprio município de Portimão apelou, há mais de uma semana, aos maiores de 60 anos ainda não vacinados para agendarem a sua vacinação, o que certamente não sucederia se não existissem já nessa altura doses suficientes para serem administradas», acrescentou.

Quanto ao apoio económico direto aos empresários de Portimão afetados pelo retrocesso no desconfinamento, «conforme muita gente terá percebido, mais não é do que o apoio geral às quebras de faturação das empresas, que tinha já sido anunciado para todo o país, não sendo obviamente exclusivo para Portimão, como nunca poderia de ser».

Para o centrista, ou Isilda Gomes «não percebeu nada do que ouviu em São Bento na passada sexta–feira» ou então «percebeu e disse coisa diferente à saída, tentando tirar proveitos políticos que sabia não resultarem da sua ação enquanto presidente da Câmara Municipal de Portimão».

«Mas mais absurda e grave é a afirmação de que a Dra. Isilda Gomes terá conseguido, na audiência em causa, a garantia de que as reavaliações da evolução da pandemia passarão a ser semanais, quando todo o país percebeu, no próprio dia 29 de Abril, que essa medida tinha já sido anunciada pelo Sr. primeiro-ministro», acrescentou.

Desta forma, José Pedro Caçorino diz que Isilda Gomes «desconfinou a sua pré-campanha eleitoral», uma vez que  a única coisa que move a sua ação política nesta questão dos impactos do vírus SARS-CoV-2 é a desinfecção pública da sua imagem e as consequências políticas deste processo nas próximas eleições autárquicas».

«Mais do que manobras pré-eleitorais e de spin político por parte da Dra. Isilda Gomes, os Portimonenses exigem neste momento explicações e medidas concretas que permitam ajudar a alterar este estado de coisas e a mitigar os seus impactos negativos na vida das famílias e das empresas do concelho», rematou.

 

 



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