ABC Loulé Active Life leva cuidados de saúde a todos os concelhos do Algarve e Alentejo

O ABC participará nos dias 16 e 17 de Maio no “European Reference Centers de Portugal do Envelhecimento Ativo”

Foto: Elisabete Rodrigues

O “ABC Loulé Active Life”, vocacionado para o envelhecimento ativo e que nascerá em Vilamoura, terá uma rede que levará os cuidados de saúde especializados desta infraestrutura ao Algarve e Alentejo, querendo chegar também à vizinha Andaluzia. O anúncio foi feito esta sexta-feira, 7 de Maio, por Nuno Marques, na conferência “O que faz a Europa pela Saúde dos Europeus?“, promovida pelo Centro Europeu Direct da CCDR Algarve.

O presidente do Algarve Biomedical Center (ABC) acrescentou que a região receberá, no corrente mês de Maio, a primeira reunião dos “European Reference Centers de Portugal do Envelhecimento Ativo”.

Nuno Marques explicou que, enquanto o edifício-mãe, em Vilamoura, não começa a ser construído, o que não vai acontecer antes de 2022, o ABC vai avançar com um projeto piloto no âmbito desta rede nos concelhos de Albufeira e Loulé.

Este projeto consiste na utilização de «tecnologias que são usadas para a cinética do movimento e cardiorrespiratória para atletas de alta competição», mas agora aplicadas à população em geral

O presidente do ABC espera estar, no próximo mês, «no terreno a começar a montar tudo» no âmbito deste projeto piloto sobre Envelhecimento Ativo.

O projeto destina-se a “corrigir debilidades das pessoas, melhorando a qualidade de vida», estando destinado a «doentes selecionados com patologia cardiovascular ou osteoarticular».

O “ABC Loulé Active Life” «pretende usar algo que é chave, que é ter um edifício-mãe onde são feitas as grandes avaliações e as grandes intervenções, em Vilamoura, e depois uma rede, permitindo que estas aplicações sejam feitas em todos os municípios da região do Algarve e até do Alentejo», disse Nuno Marques na sua intervenção na conferência.

Afirma-se como um «projeto de proximidade com a população» que pretende «mexer, pela primeira vez em termos europeus, em três áreas em conjunto: a área osteoarticular, cardíaca e respiratória que, até agora, estavam a ser tratadas apenas sob a forma individual. Os doentes não têm só uma coisa, mas sim várias, e é necessário melhorarmos estes indicadores».

 

Projeto do ABC Loulé Active Life

 

«A ideia é que o projeto chegue a todas as zonas do Algarve, criando uma diferenciação, combatendo a interioridade, criando empregos em todos os concelhos e dando uma resposta à população», evidenciou Nuno Marques.

Para além do Algarve, o projeto chegará também à região alentejana, estando já alguns contactos a ser estabelecidos, e também «quem sabe, dentro de não muito tempo, à Andaluzia».

Com a região espanhola vizinha, poderá ser estabelecido «um verdadeiro polo transfronteiriço, pois sabemos bem que eles têm um centro de envelhecimento ativo também lá, colocado na rede, e com o qual temos estado a trabalhar na investigação».

O projeto do “ABC Loulé Active Life”, de forma global, tem um orçamento de 21 milhões de euros, sendo oito milhões para a construção do edifício em Vilamoura, 4,8 milhões para a compra de equipamentos para o Algarve, 5,8 milhões em equipamento para o Alentejo e 2,4 milhões para a operacionalização do projeto ao longo de três anos.

O problema é que este projeto do ABC ainda não tem financiamento comunitário assegurado. José Apolinário, presidente da CCDR Algarve, disse ao Sul Informação que tal financiamento poderá vir do Plano de Recuperação e Resiliência ou do novo programa europeu, aprovado recentemente e  destinado especificamente aos investimentos na Saúde, denominado “UE pela Saúde”.

Provando a importância e o interesse que o seu “ABC Loulé Active Life” está a despertar, o Algarve Biomedical Centre participará, nos dias 16 e 17 de Maio, em Vilamoura, na primeira reunião dos “European Reference Centers de Portugal do Envelhecimento Ativo”.

Nesta ocasião, os centros nacionais do Porto, Lisboa, Coimbra e Faro vão «definir um plano estratégico nacional do envelhecimento ativo a ser implementado a curto prazo».

Por outro lado, além da rede nacional, o projeto tem o objetivo de integrar uma rede internacional, estando já o ABC a trabalhar com vários centros europeus.

«Estes projetos, importantes para a região, vão diversificar a economia, criando emprego na época baixa, seja nas zonas litorais, seja nas do interior, levando a um combate à desertificação demográfica do interior», realçou o presidente do ABC, a concluir.

 

 



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