Portimão tem risco elevado e há mais três concelhos do Algarve em “apuros”

Vila do Bispo, Albufeira e Lagoa também terão de baixar a incidência cumulativa, se quiserem continuar a desconfinar ao ritmo do resto do país

Testagem em massa em Portimão

O primeiro ministro já tinha revelado e a atualização da incidência cumulativa de casos de Covid-19, feita esta segunda-feira, 29 de Março, pela Direção-Geral da Saúde veio relembrar: Portimão, com mais de 240 casos por 100 mil habitantes, mas também Albufeira, Lagoa e Vila do Bispo, no nível de risco imediatamente abaixo, são os concelhos do Algarve que tinham a maior prevalência da doença, entre os dias 17 e 30 de Março.

Estes são os quatro concelho algarvios que estão entre os 19 do país cuja situação tem de melhorar, caso queiram continuar a desconfinar ao ritmo do resto do país.

A situação pior é a de Portimão, que teve, no período em apreço, 308 novos casos por 100 mil habitantes. E se este número já o coloca no patamar de municípios de risco elevado, a tendência é para piorar, já que os surtos iniciados em empresas de construção civil, com os quais este concelho se debate, tinham, na passada sexta-feira, 89 casos ativos associados.

Desta forma, os números de Portimão deverão piorar na atualização que será feita na próxima semana.

Nos demais concelhos algarvios com maior incidência da doença, também houve surtos que tiveram origem na construção civil e noutras atividades, mas que cresceram com contágio em ambiente familiar.

 

 

Ainda assim, tendo em conta a tabela de risco que durante meses serviu de referência ao Governo, os três municípios estão num nível, o dos 120 a 239,9 casos por 100 habitantes, que antes era considerado de risco moderado.

Mas, agora e com a introdução da matriz de risco, que serve de referência ao desconfinamento «a conta gotas» decretado pelo Governo, estar acima dos 120 casos não é bom.

Vila do Bispo, com 213 casos por 100 mil habitantes, é o concelho com maior incidência, deste trio, seguindo-se Albufeira (161) e Lagoa (141).

Os outros 12 concelhos algarvios têm todos menos de 119,9 casos e até há um com incidência zero, nos 14 dias em apreço, o de São Brás de Alportel.

Ainda no nível mais baixo, dos concelhos com menos de 20 casos por 100 mil habitantes, está Castro Marim (16).

No patamar logo acima (20 a 59,9) estão Aljezur (54), Loulé(47), Alcoutim (46), Tavira (37) e Olhão (27).

Vila Real de Santo António (107), Monchique (98), Lagos (69), Faro (64) e Silves (63) têm entre 60 e 119,9 casos por 100 mil habitantes.

Em Monchique, que esteve várias semanas com incidência zero, o aumento da taxa de incidência esteve ligado a casos detetados há cerca de duas semanas.

 

 

Entretanto, por ser segunda-feira, os dados da matriz de risco foram atualizados  e não trazem boas notícias: o R(t), índice de transmissibilidade, chegou ao 1, a nível continental (na passada sexta-feira, estava nos 0,97).

Se tivermos em conta também as ilhas, o R(t) está nos 0,98, o que também representa uma subida face à última atualização.

Ainda assim, a taxa de incidência, a nível nacional, desceu, a nível, para os 62,8 casos de infeção por 100 mil habitantes (antes estava nos 65,5). Excluindo Açores e Madeira, a taxa desceu de 62,9 para 60,9.

Estes dados fazem com que, na matriz de risco, Portugal esteja agora exatamente no meio entre a zona verde e a zona amarela, de maior risco.

 

Conheça todos os dados da região e por concelho, incluindo a evolução em 24 horas, no mapa interativo que acaba de ser atualizado com as novas informações recolhidas:

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