Municípios algarvios financiam com 600 mil euros aumento de vagas para curso de medicina

Vagas aumentam já no próximo ano

Os municípios do Algarve juntaram-se e vão financiar, com 600 mil euros, o aumento das vagas para o curso de medicina da Universidade do Algarve (UAlg) já a partir deste ano. 

Este contrato será assinado pela AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve, Universidade do Algarve, Associação para o Desenvolvimento do Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve (AD-ABC) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (através da Direção Geral do Ensino Superior).

A decisão foi tomada na reunião de Abril do Conselho Intermunicipal.

O acordo termina a 31 de Dezembro de 2025 e prevê que, a cada ano letivo, o número de inscrições no Mestrado Integrado em Medicina «aumente progressivamente, sendo que, no quinto e último ano, o número de matrículas não deverá ser inferior a 96 alunos (atualmente são 64)», diz a AMAL.

Segundo a AMAL, a «unanimidade na decisão foi aprovada para este primeiro ano, sendo que, nos quatro anos subsequentes, será solicitado à Administração Central, através do Ministério da Ciência e Tecnologia e Ensino Superior, para que assuma esta que é uma responsabilidade sua».

Em nota de imprensa, a Comunidade Intermunicipal do Algarve considera «decisivo o investimento em todas as componentes da área da saúde na região do Algarve, designadamente equipamentos, pesquisa e desenvolvimento, respostas de serviços de saúde e formação superior e pós-graduada na área da saúde».

«Por essa razão, respondeu afirmativamente ao repto lançado pela Universidade e decidiu contribuir com 600 mil euros para que o aumento de vagas seja uma realidade já este ano», acrescenta.

O contrato, neste primeiro ano, já prevê algumas contrapartidas para os municípios, nomeadamente a criação e desenvolvimento de projetos, por parte do ABC (Algarve Biomedical Center), em articulação com a Administração Regional de Saúde do Algarve, que possam melhorar a qualidade dos cuidados de saúde prestados na região, bem como captação e fixação de profissionais de saúde no Algarve.

Esta questão já tinha sido abordada no passado pelo PSD que considerou injusto serem os municípios algarvios a financiar o aumento das vagas para o Mestrado Integrado em Medicina na UAlg, uma vez que essa deveria ser, defenderam, uma competência do Governo.

 

 



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