DGS recomenda vacina da AstraZeneca só para maiores de 60 anos

Decisão acaba de ser anunciada

A Direção-Geral da Saúde (DGS) recomendou, esta quinta-feira, 8 de Abril, em conferência de imprensa, que a vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca apenas seja dada a maiores de 60 anos. 

A decisão foi anunciada depois de ontem a Agência Europeia do Medicamento ter admitido que poderá haver a hipótese da ligação entre esta vacina e a formação de coágulos sanguíneos raros.

Henrique Gouveia e Melo, coordenador da task-force da vacinação, revelou que, devido a esta decisão, a vacinação dos professores e funcionários do 2º, 3º ciclos e secundário, prevista para este fim de semana, foi adiada por uma semana. Ou seja: em vez de decorrer a 10 e 11 de Abril, acontecerá a 17 e 18.

O vice-almirante disse, ainda assim, que os impactos na campanha de vacinação não serão grandes, o que se deve ao facto de, nesta fase, Portugal estar essencialmente a vacinar pessoas com mais de 60 anos.

 

Gouveia e Melo – Foto: Nuno Costa | Sul Informação – Arquivo

 

A quem já foi vacinado com uma dose da AstraZeneca, Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, deixou uma palavra de tranquilidade, uma vez que as «reações adversas são extremamente raras».

«No entanto, nos 7 a 14 dias após a administração, devem estar atentos a sintomas, a dores de cabeças persistentes, hematomas, manchas vermelhas na pele», disse.

Graça Freitas também explicou que, por enquanto, é preciso «esperar pelo conhecimento» para se saber se, quem já tomou uma dose da AstraZeneca, deve ou não tomar a segunda.

Em Portugal, segundo Rui Ivo, presidente do Infarmed, apenas houve dois casos de eventos trombóticos, após vacinação contra a Covid-19: um com a vacina da AstraZeneca e outro com outra vacina. Ainda assim, disse Rui Ivo, nenhum resultou na morte destas pessoas.

Até agora, de acordo com Gouveia e Melo, Portugal já administrou 400 mil doses da AstraZeneca, estando 200 mil de reserva.

No segundo trimestre vão ser recebidas 1,4 milhões de doses da AstraZeneca, num total de 8,8 milhões de vacinas, entre as quais já a da Johnson & Johnson que só requer uma toma.

Em termos totais, o vice-almirante Gouveia e Melo fez questão de referir o «marco» atingido hoje: Portugal já administrou 2 milhões de vacinas, o que faz com que 15% da população já tenha recebido, pelo menos, uma dose.

 

 

 



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