A 47ª edição da Volta ao Algarve, que vai para a estrada de 5 a 9 de Maio, conta com um «pelotão brutal», composto por 25 equipas e há boas notícias para os amantes da modalidade: poderá haver público tanto nas estradas, como nas partidas e na meta.
Apresentada na manhã desta quinta-feira, 29 de Abril, a Volta ao Algarve terá essa grande novidade que é a presença de adeptos da modalidade.
Segundo Delmino Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, «as pessoas podem assistir à passagem da prova nas ruas», explicando que, nas partidas e chegadas, haverá «um maior condicionamento em termos de circulação de pessoas», mediante um plano sanitário definido pelas autoridades oficiais.
Este ano, a Volta ao Algarve contará com cinco etapas, 25 equipas e 175 corredores, que irão percorrer um total de 775,8 quilómetros em cinco etapas, numa prova que se realiza em Maio 8e não no habitual mês de Fevereiro), devido à pandemia.
De acordo com Delmino Pereira, a competição terá uma «enorme imprevisibilidade, pois não sabemos, efetivamente, quem poderá ganhar. Vai ser uma corrida muito aberta e competitiva, o que a torna mais interessante em termos de acompanhamento».
João Fernandes, presidente da Região de Turismo do Algarve, também marcou presença nesta apresentação, onde vincou que esta é uma prova que «percorre todas as zonas do Algarve, do interior ao litoral, da zona raiana a Sagres».
«Estão reunidos todos os ingredientes para a realização de uma grande Volta ao Algarve», sublinhou.
Este evento também é importante na «simbiose que há entre o desporto em bicicleta e o turismo. Nós sabemos bem que, quem assiste à prova, também o faz, em grande parte, para ver as paisagens durante o percurso», afirmou João Fernandes.
Já Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro, realçou o trabalho que todos os clubes, a Federação e as associações têm realizado ao longo dos últimos anos, permitindo assim «criar esta notoriedade à volta da prova».
O autarca de Faro salientou ainda que, apesar de o concelho não ter «nenhuma equipa de ciclismo, é com muita satisfação que nos associamos à prova e temos aqui uma etapa a iniciar-se».
Este ano, a Algarvia traz algumas novidades, entre elas a etapa inicial (5 de Maio). A partida será em Lagos, esperando-se em Portimão uma chegada ao sprint ao cabo de 189,5 quilómetros.
A segunda tirada (6 de Maio) ligará Sagres ao Alto da Fóia, em Monchique (192,8 quilómetros), sendo o primeiro teste para os trepadores.
Segue-se, no dia 7, a etapa entre Faro e Tavira, a mais longa da Volta ao Algarve, com 203,1 quilómetros. Tal como em Portimão, espera-se uma chegada ao sprint.
No quarto dia da competição, como habitual, terá lugar o contrarrelógio, em Lagoa, de 20,3 quilómetros, uma etapa que poderá fazer diferença na classificação geral.
A Algarvia terminará no Alto do Malhão, em Loulé, no dia 9 de Maio. A etapa final, que começará em Albufeira, terá um total de 170,1 quilómetros.
Apesar de a organização prever uma corrida mais equilibrada, há nomes que prometem lutar pela classificação geral.
São os casos de Rui Costa (UAE Team Emirates), atual campeão nacional e campeão do mundo em 2013, do campeão dinamarquês Kasper Asgreen (Deceuninck-Quick Step) e do alemão Lennard Kämna (Bora-Hansgrohe), que já venceu este ano na Volta à Catalunha.
Estará ainda presente Diego Rosa (Team Arkéa-Samsic), que já venceu a Settimana Internazionale Coppi e Bartali e discutiu o top 10 de várias provas a nível mundial.
José Manuel Diáz (Delko), vencedor da recente Volta à Turquia, e ainda Rémy Mertz (Bingoal Pauwels Sauces WB) e Élie Gesbert (Team Arkéa-Samsic), que discutiram a geral da Volta à Comunidade Valenciana, também estarão presentes na Volta ao Algarve.
A Volta ao Algarve, que é uma prova de categoria ProSeries, contará com sete equipas WorldTeams, sendo que três ocupam o top cinco do ranking mundial. São elas a Deceuninck Quick-Step (Bélgica), a INEOS Grenadier (Grã-Bretanha) e a UAE Team Emirates (Emirados Árabes Unidos)
Em competição, estarão ainda a número seis do ranking, a alemã Borahansgrohe, a AG2R Citroën Team (França), a Groupama-FDJ (França) e a Intermaché-Wanty-Gobert Matériaux (Bélgica).
Além das equipas que integram o escalão mais elevado do ciclismo, estarão presentes oito conjuntos ProTeam: as espanholas Burgos-BH, Caja Rural-Seguros RGA, Equipo Kern Pharma e Euskaltel-Euskadi.
Também participarão as francesas Delko e Team Arkéa-Samsic, a belga Bingoal Pauwels Sauces WB e ainda a americana Rally Cycling.
A edição deste ano contará com nove equipas continentais nacionais, entre elas as duas algarvias: Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel e o Louletano-Loulé Concelho.
As restantes são: Antarte-Feirense, Efapel, Kelly-Simoldes-UDO, LA Alumínios-LA Sports, Rádio Popular-Boavista, Tavfer-Measindot-Mortágua e a W52-FC Porto.
O presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo acredita que, «desportivamente, as equipas portuguesas vão ser mais protagonistas», uma vez que se prepararam, ao longos dos últimos meses, «afincadamente para estarem aqui em grande forma».
À semelhança dos últimos anos, a camisola amarela terá o patrocínio da Região de Turismo do Algarve, a camisola de montanha terá o apoio do Lusíadas Saúde e a camisola branca contará com o logotipo do Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ).
Nas palavras de Custódio Moreno, delegado regional do IPDJ no Algarve, «o instituto sente-se honrado por esta parceria», congratulando a organização pela notoriedade que a prova tem conquistado nos últimos anos.
Por fim, a camisola verde terá este ano um novo patrocinador: o Crédito Agrícola.
De resto, esta é uma competição importante para o Algarve, uma região que tem «muita tradição no ciclismo» e que «irá continuar a dar grandes corredores para a nossa modalidade», concluiu Delmino Pereira.
A 47ª edição da Volta ao Algarve terá transmissão na CMTV e no primeiro canal da Eurosport, chegando a dezenas de países.
Fotos: Rúben Bento | Sul Informação
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