Algarve vai ter Centro de Procriação Medicamente Assistida, que também irá servir o Alentejo

Centro irá abrir até ao fim deste ano

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde anunciou hoje, Dia Mundial da Saúde, perante a Comissão Parlamentar de Saúde, a criação de um Centro de Procriação Medicamente Assistida no Algarve, com o objetivo de melhorar o “acesso a estes tratamentos nesta região e na periferia”.

António Lacerda Sales respondia a uma pergunta do deputado alentejano João Dias (PCP) sobre a possibilidade de alargamento dos centros públicos de PMA que, neste momento, apenas existem no Porto, em Coimbra, em Lisboa, em Guimarães, na Covilhã, em Almada e no Funchal.

Em comunicado, o Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) anuncia que «tem estado a trabalhar com o Ministério da Saúde no sentido de garantir que o projeto esteja implementado até ao final de 2021, pretendendo dar uma resposta efetiva à população do Algarve e do Alentejo e integrar a rede de referenciação».
 
De acordo com Ana Castro, presidente do Conselho de Administração, «a criação deste Centro já estava prevista no nosso Plano Estratégico».

Neste momento, «estamos a trabalhar com os Serviços de Ginecologia e de Obstetrícia do CHUA nas unidades hospitalares de Faro e de Portimão, para que possamos otimizar a equipa e garantir que a temos pronta para poder avançar com o projeto», acrescentou.

Em simultâneo, «estamos a avaliar os espaços para podermos colocar os equipamentos e já temos as plantas de outros centros que foram criados recentemente para utilizar como modelo. Pedimos autorização para podermos avançar, porque carece de uma rede de referenciação, e a Tutela concordou que se avançasse», disse ainda.

«Os elementos da equipa que vão integrar este Centro já se encontram identificados pelo seu perfil de diferenciação na área», sublinhou Ana Castro, realçando o facto de, «com esta resposta, o Algarve deixar de estar dependente de outros Centros e passar a ser uma resposta efetiva para a população do sul».

Na audição da Comissão Parlamentar de Saúde, requerida pelo PCP sobre os atrasos no acesso aos tratamentos de PMA e as medidas para os recuperar, o secretário de Estado também foi questionado pelos deputados sobre a possibilidade de o Governo rever o limite de idade de acesso às técnicas de PMA e sobre a falta de doações nos bancos públicos de gâmetas.

Lacerda Sales Lembrou que foi criado um grupo de trabalho para avaliação do alargamento dos programas de acesso à PMA que deve apresentar as suas conclusões em meados de Maio.
 
 



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