Algarve passa a ser a região com menor R(t), Alentejo vem logo a seguir

Alentejo e Algarve viram o índice de transmissibilidade descer de forma acentuada numa semana

O Algarve passou a ser a região do país com o menor índice de transmissibilidade, ou R(t), do país, quando há apenas duas semanas estava no topo da lista, segundo o relatório de “Monotorização das linhas vermelhas para a Covid-19” de hoje, dia 23 de Abril, que o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) acaba de divulgar.

O Alentejo deixou de ser a região com maior índice de transmissibilidade, há uma semana, para passar a ser aquela com o segundo mais baixo R(t) no país.

Entre os dias 14 e 18 de Abril, o R(t) na região algarvia foi de 0,88, uma descida muito acentuada em relação ao reportado no mesmo relatório, há uma semana – era 1,07.

Segue-se o Alentejo, com 0,9 (era 1,13 há uma semana), o Centro (0,92), Lisboa e Vale do Tejo (0,95), os Açores (0,95), a Madeira (1) e o Norte, a região que tem o mais elevado R(t) do país (1,07).

Na contabilização nacional, o índice de transmissibilidade fixa-se no 0,98, o que sugere «uma tendência estável ou decrescente».

 

 

«Tanto a nível nacional como a nível das regiões de saúde do continente, observou-se um aumento paulatino do valor do Rt entre meados do mês de Fevereiro e o início de Abril. Desde o dia 9 de Abril observou-se uma redução da estimativa do R(t), de 1,08 para 0,98, indicando uma inversão da tendência da incidência de infeção por SARS-CoV-2 para decrescente», segundo o INSA, que acrescenta que, nos últimos dias, o Rt parece ter estabilizado.

Ao contrário do que se verificou com a transmissibilidade, a região algarvia era que apresentava a mais alta incidência cumulativa a 14 dias a nível Continental no dia 21 de Abril, uma taxa de 112 casos por 100 mil habitantes, quando a nível nacional este indicador se fixa nos 74.

A região que tem mais incidência a 14 dias, a seguir ao Algarve, é o Alentejo (83). Seguem-se o Norte (81), Lisboa e Vale do Tejo (64) e o Centro (43).

«Considerando o valor de R(t) médio dos últimos 5 dias, que indica uma tendência decrescente, poderá atingir-se a incidência de 60 casos por 100 000 habitantes no prazo de um a dois meses», antecipa o INSA.

A situação verificada  em todo o país denota, diz o INSA, apresenta uma «tendência estável».

 

 

«A análise global dos diversos indicadores sugere uma situação epidemiológica com transmissão comunitária de moderada intensidade e reduzida pressão nos serviços de saúde. A incidência mais baixa foi observada no grupo etário com 85 anos (36 casos por 100 000 habitantes), o que reflete um risco de infeção muito inferior ao risco da população em geral», resumiu o instituto.

O número diário de casos de doentes com Covid-19 internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), no Continente, «revela atualmente uma tendência ligeiramente decrescente a estável, encontrando-se abaixo do valor crítico definido (245 camas ocupadas)».

Quanto às variantes do novo coronavírus, a chamada do Reino Unido continua a prevalecer, de forma, clara, em Portugal (82,9%).

Por regiões, a Madeira (94,2%) e o Algarve (94%) são aquelas onde esta variante está mais presente. No Alentejo, a prevalência desta variante é de 87%.

 

 

 



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