O Algarve teve 408 casos de tuberculose entre 2015 e 2019, bem como uma taxa de incidência de 18,5 casos por 100 mil habitantes, nesse período. Ainda assim, tal como acontece em todo o país, esse valor tem vindo a descer, já que, se for contabilizado apenas o ano de 2019, quando foram registados 70 casos, a taxa foi de 16 casos por 100 mil habitantes.
Os números foram revelados esta quarta-feira, 24 de Março, Dia Mundial da Tuberculose, no Relatório de Vigilância e Monitorização da Tuberculose em Portugal referente aos anos 2018/19, publicado pela Direção Geral da Saúde.
De acordo com este documento, em 2018, o Algarve registou 87 casos de tuberculose, que correspondiam a uma taxa de incidência de 19,8, mas, no ano seguinte, com os 70 casos registados, essa taxa baixou para 16.
Ainda assim, essa foi a terceira taxa de incidência por 100 mil habitantes mais elevada entre as regiões do país, apenas abaixo de Lisboa e Vale do Tejo (22,9) e do Norte (19,8).
O Alentejo surge na quarta posição, com uma taxa de 10,7. Segue-se o Centro (9,2), Madeira (5,9) e Açores (4,1).
Por concelhos, no Algarve, Alcoutim é município que apresenta a taxa de incidência mais alta, encontrando-se no patamar entre os 30 e os 40 casos novos por 100 mil habitantes/ano.
Seguem-se os concelhos de Silves, Albufeira, Loulé e Olhão, com uma taxa entre os 20 e os 30 casos novos por 100 mil habitantes.
Vila do Bispo, Lagos, Monchique, Portimão, Faro, São Brás de Alportel, Tavira e Vila Real de Santo António estão no patamar entre os 10 e os 20 casos e Aljezur, Lagoa e Castro Marim têm a taxa de incidência mais baixa, com 0 a 10 casos por 100 mil habitantes.
A nível nacional, segundo a DGS, em 2018 foram notificados 1886 casos de tuberculose e, em 2019, 1848 casos, correspondendo a uma taxa de incidência, respetivamente, de 18.4 e de 18.0 por 100 mil habitantes.
Segundo a DGS, o decréscimo anual da taxa de notificação nos últimos cinco anos é de 3,9%/ano.
Por sexo, quase dois terços dos casos de tuberculose em 2018 e 2019 ocorreram nos homens (1258 de 1886 casos, em 2018, e 1218 de 1848 casos, em 2019).
A idade mediana aumentou progressivamente até 2017, altura em que atingiu os 50 anos. Em 2018, este indicador cifrou-se nos 48 anos e, em 2019, nos 49 anos.
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