Silves cria Dia Municipal João de Deus

Poeta e pedagogo, João de Deus é o autor da “Cartilha Maternal”

Silves criou o Dia Municipal de João de Deus que será assinalado a 8 de Março, data em que nasceu este poeta e pedagogo, natural de São Bartolomeu de Messines.

Esta decisão foi aprovada em reunião autárquica a 22 de Fevereiro e, depois, pela Assembleia Municipal a 5 de Março.

«Com a instituição deste dia, o Município de Silves pretende evocar e promover a memória de uma ilustre personalidade do concelho de Silves, quer por se tratar de um pedagogo que revolucionou o panorama educativo português na luta contra o analfabetismo quer, também, por se revelar como um pensador e um poeta, já na altura, respeitado e aclamado em vida pelos pares», justifica Rosa Palma, presidente da Câmara de Silves.

Para a autarca, é «não só uma missão, mas um privilégio, para a autarquia poder comemorar a vida, o talento e a genialidade de uma personalidade tão única e querida do nosso concelho».

«Por outro lado, a instituição deste dia vem coroar todo o profundo trabalho de glorificação do poeta e pedagogo que tem vindo a ser efetuado pelo Município de Silves, que viu, no ano passado, sob o alto patrocínio da Presidência da República, ser editado, com o seu apoio, um importante estudo histórico e historiográfico (não biográfico) sobre o poeta pedagogo – intitulada «João de Deus imortal e intemporal» – da autoria da professora Maria João Raminhos Duarte e do livro infantil de fábulas joaninas genialmente ilustrado por Marta Jacinto», acrescenta a autarca.

Para o futuro, Rosa Palma diz que há «novidades em fase de desenvolvimento, entre elas uma biografia, da autoria do professor José Alberto Quaresma».

Segundo o Município, Silves é mesmo «a primeira autarquia de Portugal continental a priorizar e a valorizar uma personalidade das letras e da cultura portuguesa com a criação de um dia em sua memória, contribuindo, assim, para a valorização da identidade cultural do concelho e da região».

João de Deus, nascido a 8 de Março a 1830, morreu a 11 de Janeiro de 1896. É o único algarvio sepultado no Panteão Nacional, local que acolhe algumas das mais importantes personalidades portuguesas de todos os tempos.

 



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