Portugal retoma vacinação com a AstraZeneca

Decisão surge depois das conclusões da Agência Europeia do Medicamento

Foto: Hugo Rodrigues | Sul Informação – Arquivo

Portugal vai retomar na próxima segunda-feira, 22 de Março, a vacinação com a AstraZeneca, acaba de ser anunciado numa conferência de imprensa da Direção-Geral da Saúde. 

Esta decisão surge depois das conclusões da Agência Europeia do Medicamento (EMA), conhecidas hoje, e que dizem que esta vacina é segura e eficaz.

Segundo Rui Ivo, presidente do Infarmed, «é muito claro que os benefícios superam as reações adversas» e que a «vacina não está associada ao aumento geral dos coágulos sanguíneos».

Gouveia e Melo, coordenador da task force da vacinação, disse que, agora, o plano será retomado, «recuperando o atraso que foi feito pelo facto de termos estado quatro ou cinco dias parados».

Depois de a vacina da AstraZeneca ter sido suspensa na passada segunda-feira, 15 de Março, Gouveia e Melo estima que «ficaram por vacinar 120 mil pessoas», mas é algo que «vamos recuperar muito rapidamente».

«Mais uma semana, uma semana e meia vamos ter o plano recuperado como se não tivesse havido nenhuma pausa», garantiu o coordenador.

Esta retoma da vacinação com a AstraZeneca levará a que os professores e funcionários das escolas, que agora fazem parte da fase prioritária, comecem a ser vacinados no último fim de semana de Março, dias 27 e 28.

Henrique Gouveia e Melo revelou ainda que, apesar de ter estado prevista a entrega de cerca de 4,4 milhões de vacinas da AstraZeneca no segundo trimestre, o número foi reduzido para «1,5 milhões». Ainda assim, o plano já foi delineado tendo em conta esta quebra.

Questionada sobre a suspensão da vacina, agora revogada, Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, explicou que foi feita pelo «princípio da precaução».

A responsável pediu ainda a todos que aceitem ser vacinados, porque se há uma vacina a circular «é porque é segura, eficaz e tem qualidade». Por isso, «se for oferecida uma vacina a uma pessoa, qualquer que seja a marca, deve aceitá-la», considerou.

«É uma hipótese que as pessoas não deviam recusar, sob pena de correrem o risco de desenvolver uma doença grave. Correm o risco de continuar vulneráveis a uma doença grave. Faço o apelo para que ponderem muito bem antes de recusar uma vacina, qualquer que seja a marca», concluiu.

 

 

 



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