Luís Carito candidata-se à Câmara de Portimão…pelo PSD e CDS

Luís Carito foi uma figura proeminente do PS tanto a nível local, como regional, tendo sido presidente da concelhia e vice-presidente da Câmara de Portimão

Luís Carito, antigo vice-presidente da Câmara de Portimão e ex-presidente da concelhia do PS, vai ser o candidato, apoiado por PSD e CDS, a esta autarquia nas próximas eleições. A apresentação da candidatura será esta quarta-feira, 31 de Março, às 18h00, na Fortaleza de Santa Catarina. 

Depois desta apresentação, também falarão aos jornalistas, a partir das 20h00, no Teatro Municipal de Portimão, Carlos Gouveia Martins, presidente do PSD de Portimão, e João Caetano, líder do CDS local.

Luís Carito, médico de profissão, foi uma figura proeminente do PS tanto a nível local, como regional, tendo sido presidente da concelhia e vice-presidente da Câmara de Portimão.

Foi sob a sua égide que surgiram muitos dos mega projetos que ajudaram este município a ter a segunda maior dívida a nível nacional e a ter de recorrer ao Fundo de Apoio Municipal (FAM).

Carito também foi presidente da Assembleia Municipal de Portimão, eleito pelo PS, bem como deputado dos socialistas na Assembleia da República.

Esteve ainda à frente de campanhas do PS local e regional, tendo chegado a ser candidato a líder do PS/Algarve.

O agora candidato da coligação do PSD/CDS à Câmara de Portimão esteve envolvido num caso de justiça, relacionado com o projeto da Cidade do Cinema, que se arrastou nos tribunais. Carito acabou por ser absolvido, numa decisão tomada em Janeiro de 2020, pelo Tribunal de Portimão.

O caso remonta a 2013, quando foram detidos o antigo vice-presidente da Câmara, bem como um outro vereador, um administrador da empresa municipal Portimão Urbis e ainda duas pessoas ligadas ao projeto da Cidade do Cinema.

Em causa estava um alegado desvio de 4,6 milhões de euros do Estado, com um «esquema fraudulento», relacionado com a “Cidade do Cinema” e a requalificação do Estádio de Portimão.

O antigo vice-presidente de Portimão acabou por ficar sujeito a prisão preventiva, enquanto os restantes arguidos ficaram apenas com Termo de Identidade e Residência. Mas essa situação de Luís Carito durou apenas algumas semanas, até que pôde ficar em casa, sob prisão domiciliária com pulseira eletrónica.

Cerca de sete meses mais tarde, em Janeiro de 2014, mesmo essa medida de coação foi aliviada, e Carito pôde trocar a pulseira eletrónica por apresentações periódicas. Foi nessa altura que retomou também as suas funções de médico no Centro de Saúde de Portimão.

Uma das partes mais mediáticas de todo o processo deu-se quando Luís Carito terá tirado um papel das mãos de um inspetor da PJ, para o meter na boca e engolir.

 

 



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