Pelo menos três membros da comitiva do ministro do Ambiente, que esteve hoje na Barragem de Odeleite, foram identificados pela GNR por estarem a participar num ajuntamento alegadamente ilegal.
A meio da apresentação de dois projetos que visam garantir que o Sotavento Algarvio tem mais água, no curto prazo, uma patrulha da GNR chegou ao local e, de prancheta e caneta na mão, abordou elementos da Águas do Algarve, empresa que gere aquela infraestrutura.
Uma das pessoas que foi identificada foi António Eusébio, o recém-eleito presidente desta empresa, que foi falar com os militares, para tentar perceber a situação.
Segundo justificou um dos guardas que tomou conta da ocorrência, houve uma denúncia de um ajuntamento ilegal na barragem e a GNR, no cumprimento da sua missão, dirigiu-se ao local.
Como em todas as situações deste tipo, as ordens eram para não deixar sair ninguém do local antes de ser identificado.
Questionado pelos jornalistas, João Matos Fernandes confessou não fazer ideia do que se tratava, uma vez que não falou com nenhum dos militares e esteve sempre afastado da zona onde a patrulha se encontrava.
Mais tarde, em declarações à SIC e depois de perceber o que se passou, João Matos Fernandes considerou, «com todo o respeito, que a GNR foi excessivamente diligente», uma vez que «eventualmente, não terá querido perceber o que se estava aqui a passar».
«Esta é uma atividade política e elas não têm qualquer condicionamento, desde que sejam cumpridas as regras. E é evidente que elas estão a ser respeitadas. Estamos todos ao ar livre, a fazer discursos debaixo deste magnífico sol», rematou o ministro do Ambiente.
A GNR acabou por ir embora e por não identificar todos os presentes, depois da entrada em cena de um oficial desta força de segurança.
Certo é que os dois membros do Governo presentes, o ministro João Matos Fernandes e Inês dos Santos Costa, secretária de Estado do Ambiente, bem como o jornalista do Sul Informação e os elementos de outros órgão de comunicação social, não foram identificados – até porque só saíram do local depois da patrulha da GNR se ausentar, algo que aconteceu enquanto decorria uma roda de imprensa com o membro do Governo.
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