Eficiência hídrica do Algarve também vai passar pelas escolas

Concurso desafia alunos das escolas da região a apresentar projetos de boas práticas de eficiência hídrica

A eficiência hídrica vai entrar nas escolas do Algarve, através de um concurso inédito que visa distinguir os melhores projetos das escolas do Algarve com boas práticas para melhorar o aproveitamento da água que existe na região.

A primeira edição do “Eficiência Hídrica na Escola” foi lançada ontem,  22 de Março, Dia Mundial da Água, e chega com a missão de «sensibilizar e mobilizar as comunidades escolares da região para a necessidade de monitorizar o seu consumo da água, promovendo simultaneamente a implementação das melhores práticas para o seu uso eficiente», segundo a AMAL- Comunidade Intermunicipal do Algarve.

A entidade que junta os 16 municípios algarvios é uma das parceiras desta iniciativa, na qual estão, igualmente, envolvidas a empresa Águas do Algarve, a Universidade do Algarve, a DGESTE – DSR Algarve a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a ADENE – Agência para a Energia

As escolas e as respetivas autarquias podem submeter a concurso os seus projetos até ao dia 5 deJunho de 2021, devendo a inscrição ser realizada um mês antes, «através de plataforma digital a disponibilizar oportunamente».

«As mais recentes projeções climáticas para a região do Algarve preveem um aumento da frequência e severidade dos períodos de seca, com impactos ao nível da quantidade e qualidade dos recursos hídricos, pelo que se torna urgente estabelecer metas e horizontes temporais de eficiência hídrica para os principais usos, podendo a escola funcionar como um “laboratório” de boas práticas ao nível das infraestruturas e dos próprios e comportamentos», ilustra a AMAL.

Pimenta Machado, vice-presidente da APA, salienta que «a grande aposta dos próximos anos é tornar os sistemas ligados à água mais eficientes»,  nomeadamente através dos projetos previstos no Plano Regional de Eficiência Hídrica do Algarve e no PRR, como a construção de uma unidade de dessalinização da água do mar. E

«Por esta altura, no ano passado, as barragens do Algarve garantiam o abastecimento de água apenas por mais um ano. Atualmente, a situação está melhor, mas é um problema com o qual a região se vai debater nos próximos tempos», disse o mesmo responsável.

Uma preocupação partilhada por António Pina. O presidente da AMAL garantiu que «este é um tema que tem estado no topo das agendas dos 16 municípios da região, uma vez que é um dos principais desafios que enfrentamos: a escassez da água. Por isso, aceitámos ser parceiros nesta iniciativa, até porque acreditamos que as comunidades escolares são importantes veículos de informação».

Segundo António Pina, «queremos perspetivar um futuro mais sustentável e resiliente para a nossa sociedade, daí que iniciativas como estas ajudem a sensibilizar cada vez mais as comunidades para este tema tão importante como a água».

 

 



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