Câmara de Lagoa indignada com abate ilegal de árvores junto à sua costa

Câmara já avançou com várias denúncias junto das autoridades e prepara outras

Árvores destruídas em Lagoa – Foto: João Alves no Facebook

A Câmara de Lagoa veio a público denunciar o abate indevido de árvores junto à costa, em vários pontos do litoral do concelho, e «manifestar a sua indignação junto das entidades competentes».

A autarquia lagoense já denunciou «alguns dos casos identificados ao Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA / GNR), a entidade competente para fiscalizar e zelar pelo cumprimento da legislação florestal» e já está a preparar «novas formalizações de queixa sobre estes ilícitos ambientais».

Os abates indevidos de árvores têm sido registados em vários locais do litoral de Lagoa, «com particular incidência em Paraíso-Vale Currais, Algar Seco, Alfanzina-Vale Figueira e perto do Leixão do Ladrão-Carvalho», todas na zona da Praia do Carvoeiro, segundo a Câmara de Lagoa.

A destruição de árvores de médio e grande porte ao longo do litoral do concelho de Lagoa é um fenómeno que se tem vindo a tornar «cada vez mais frequente ao longo dos últimos anos. A motivação destes atos parece estar relacionada com a procura de vistas diretas sobre o mar a partir das habitações localizadas naquelas zonas».

«Estas ações de destruição do património paisagístico do concelho preocupam o município quer pela sua frequência, quer porque afetam sobretudo a vegetação que se desenvolve acima de 1 metro ou 1,5 m de altura. Os pinheiros são, aparentemente, as espécies mais visadas por estes abates, mas os serviços da autarquia têm observado que não há espécies que estejam a salvo desta atitude deplorável», descreveu a autarquia.

A Câmara de Lagoa «reforça o apelo à defesa do património ambiental do concelho» e convida a comunidade a contribuir para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela ONU.

«O 15º desses 17 objetivos prevê a necessidade de proteger, restaurar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, travar e reverter a degradação dos solos e travar a perda de biodiversidade», enquadrou.

 

 



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