Isilda Gomes, presidente da Câmara de Portimão, já foi vacinada contra a Covid-19, confirmou a própria ao Sul Informação. A vacinação foi «condição necessária» para que a autarca pudesse ser voluntária no hospital de campanha, montado no Portimão Arena.
Ao nosso jornal, Isilda Gomes assegurou que só foi vacinada por essa razão. A presidente da Câmara está a fazer trabalho de voluntariado, no âmbito do projeto “Visitas Virtuais”, em que intermedeia chamadas virtuais entre doentes internados e as suas famílias.
Em declarações ao Observador, que divulgou a notícia, a presidente da Câmara de Portimão adiantou que a primeira dose da vacina contra a Covid-19 foi dada «dois dias antes» de o hospital de campanha abrir (11 de Janeiro) e, a segunda, três semanas depois, dia 29 do mesmo mês.
Num post feito já esta tarde no Facebook, a Câmara de Portimão explica que a vacinação da autarca foi, aliás, «condição necessária» para que pudesse ser voluntária desse projeto.
De acordo com a autarquia, «na data de abertura do CHUA Arena todos os que exerciam funções foram vacinados».
De resto, esta informação vai ao encontro do que garantiu, esta tarde, a presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve.
Ao nosso jornal, Ana Castro, que é nora de Isilda Gomes, assegurou que a informação de que há profissionais de saúde ainda não vacinados, a trabalhar no CHUA Arena, «não é verdadeira».
Questionado minutos antes pelo Sul Informação sobre esta situação, Lacerda Sales, secretário de Estado Adjunto e da Saúde, que esteve hoje nos hospitais de Faro, Portimão e CHUA Arena, respondeu de forma genérica: «tomáramos nós conseguir vacinar todos ao mesmo tempo, mas este é um processo gradual e progressivo».
A resposta, que pode suscitar dúvidas, foi clarificada por Ana Castro, garantindo que não há profissionais de saúde não vacinados a trabalhar no CHUA Arena.
Quanto ao caso da vacinação de Isilda Gomes, o PSD/Algarve já veio a público exigir ao Governo a «abertura de um inquérito para apuramento de todas as responsabilidades».
Em nota enviada às redações, os sociais democratas repudiam o facto «de a vacinação ter merecido concordância da presidente do Conselho de Administração do CHUA, a qual é familiar próxima da visada e foi recentemente nomeada pelo Governo PS», em Julho do ano passado.
Para o PSD, isto «leva a concluir que terá havido um intuito deliberado, de pessoas com responsabilidades na área da saúde da região violarem as regras do plano de vacinação, violando gravemente os seus deveres profissionais e abalando a confiança dos cidadãos».
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