Vacina contra a Covid é injeção de «confiança» para os bombeiros cumprirem a missão

O Sul Informação acompanhou a vacinação em Olhão

O bombeiro Vico Martins sorri enquanto é vacinado – Foto: Hugo Rodrigues|Sul Informação

Não é apenas uma vacina contra a Covid-19. É, também, uma injeção de «confiança» – e de tranquilidade -, que permitirá a bombeiros como Miguel Teodorico e Vito Martins cumprir a sua missão com mais segurança.

Estes dois elementos dos Bombeiros Municipais de Olhão estão entre os 617 soldados da paz do Algarve que estão a ser vacinados desde ontem em toda a região.

Em Olhão, foram vacinados 44 bombeiros municipais, correspondentes a metade do quadro ativo e de comando. A larga maioria foi vacinada no Centro de Saúde local, mas houve quatro bombeiros olhanenses que foram a Faro ser inoculados, para aproveitar ao máximo a oferta, tendo em conta que cada frasco da vacina da AstraZeneca/Oxford, aquela que está a ser usada para imunizar os bombeiros, tem dez doses.

«Foi muito simples e nada dolorosa. Agora tenho de ficar aqui meia hora por causa dos efeitos que possam surgir, mas penso que vai correr tudo de forma normal», disse ao Sul Informação Miguel Teodorico, momentos depois de ser vacinado.

 

Miguel Teodorico – Foto: Hugo Rodrigues|Sul Informação

 

«A vinda da vacina dá-nos mais alguma segurança. Claro que não podemos nunca descurar o que são os procedimentos, mas acho que nos dará outra confiança para realizarmos o nosso trabalho», acrescentou este Bombeiro Municipal de Olhão.

Ainda assim, ser um dos escolhidos para levar já a vacina não deixa de ser «uma responsabilidade que nos é incutida. Espero que estejamos todos vacinados muito em breve».

Miguel e o seu colega Vico Martins foram apenas dois dos elementos da corporação olhanense que foram ontem vacinados, numa já bem oleada unidade de vacinação do Centro de Saúde de Olhão.

Os bombeiros receberam a injeção no mesmo local onde decorre, desde segunda-feira, uma das duas experiências-piloto de vacinação da população em geral, fora de instituições. Nesta fase, a vacina continua restrita a cidadãos prioritários, nomeadamente pessoas com mais de 80 anos que não vivem em lares e cidadãos com mais de 50, mas com outras doenças associadas, como problemas cardíacos e doenças crónicas.

«O processo foi todo bem planeado e está a correr bem», considerou Miguel Teodorico.

 

A vacina da AstraZeneca/Oxford – Foto: Hugo Rodrigues|Sul Informação

 

Já António Pina, presidente da Câmara de Olhão, mas também da Comissão Distrital de Proteção Civil do Algarve, salientou que a vacinação que ontem teve início chegará a «todas as corporações de bombeiros profissionais e voluntários da região».

«Numa primeira fase, está garantido que 50% dos efetivos destas corporações serão vacinados, o que, no fundo, permite garantir a resposta adequada, caso haja surtos».

Apesar de não esconder que este é um passo importante, António Pina garantiu que, mesmo sem vacina, nunca foi colocada a capacidade operacional do sistema de Proteção Civil regional, ainda que se tenham registado surtos em muitas corporações – atualmente, há um ativo em VRSA, pelo que a vacinação, nesta corporação, ocorrerá mais tarde.

«Nós, no início da pandemia, tivemos quase um terço do efetivo em isolamento profilático e resistimos a essa situação. É preciso não criar alarmismos e gerir a questão da vacinação com equilíbrio», recordou António Pina.

O presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil do Algarve também aproveitou para deixar uma mensagem à população: «quando chegar a sua vez de ser vacinado, não hesite».

 

Fotos: Hugo Rodrigues|Sul Informação

 

 

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