PSD/Portimão pede a Isilda que reflita sobre continuidade como presidente da Câmara

Sociais democratas consideram que «houve uma falta de moralidade e transparência nesta decisão, traindo desta forma a confiança dos portimonenses»

Foto: Bárbara Caetano | Sul Informação – Arquivo

O PSD/Portimão defende que Isilda Gomes, presidente da Câmara (PS), deve refletir sobre «se tem condições» para «continuar a desempenhar» este cargo, depois da polémica em torno da vacinação da autarca, enquanto voluntária do CHUA Arena.

Em comunicado enviado às redações, os sociais democratas consideram que «houve uma falta de moralidade e transparência nesta decisão, traindo desta forma a confiança dos portimonenses».

Estas posições surgem depois de uma «reunião alargada» do PSD/Portimão, realizada ontem, 2 de Fevereiro, «após aguardarem 24 horas por melhores esclarecimentos públicos e um pedido de desculpas» de Isilda Gomes.

Os sociais democratas defendem ser «inequívoco o erro efetuado pela maior responsável política do Município na toma, antes de profissionais de saúde ativos na primeira linha de combate à doença Covid-19, no próprio Arena».

Segundo o PSD, «embora a presidente de Câmara já tenha tomado as duas doses da vacina, há membros da Proteção Civil, dos Bombeiros, médicos internos e estudantes que ainda não foram vacinados à data de 1 de Fevereiro, quando diariamente estão no Hospital de campanha permanentemente».

Na segunda-feira, Ana Castro, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, em resposta a uma pergunta do Sul Informação, tinha negado apenas que houvesse médicos e enfermeiros por vacinar, entre os que prestam serviço no hospital de campanha.

Voltando ao comunicado do PSD/Portimão, este partido político realça a «ausência de transparência no cronograma» no processo de vacinação contra a Covid-19, «iniciado com a toma indevida da vacina, à qual não tinha direito, dois dias antes do início do funcionamento do Arena, que nem confere imunidade».

Por fim, os sociais democratas fazem questão de considerar «meritório» o trabalho de voluntária de Isilda Gomes.

«Porém, o louvável esforço de algumas horas das senhora presidente de Câmara poderia ser feito fora do epicentro de combate à doença pandémica: um tablet pode ser usado para videochamada no Portimão Arena, na Câmara Municipal ou em casa», concluem.

 



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