Ministra de Estado e da Presidência afirma que desconfinamento começará pelas escolas

Escolas estão fechadas desde 22 de Janeiro

Foto: Flávio Costa | Sul Informação – Arquivo

A dirigente socialista e ministra de Estado e da Presidência Mariana Vieira da Silva afirmou este sábado, 19 de Fevereiro, que o desconfinamento começará pelas escolas, referindo que o Governo já manifestou essa intenção.

No encerramento de um fórum promovido pela Juventude Socialista (JS) intitulado “Vencer o futuro – Faz ouvir a tua voz”, em que participou a título pessoal, Mariana Vieira da Silva respondeu a intervenções anteriores sobre o encerramento das escolas decidido pelo Governo, com efeitos a partir de 22 de Janeiro, para conter a propagação da covid-19.

«Eu queria dizer que me revejo nesse problema. Não é por acaso que se procurou evitar o encerramento de escolas até ao limite do possível e que o Governo também já disse que é precisamente pelas escolas que recomeçará o desconfinamento», afirmou a socialista, membro do Secretariado Nacional do PS, através de videoconferência.

De seguida, a ministra da Presidência assinalou que atualmente, «apesar de as escolas estarem fechadas, são servidas cerca de 18% das refeições normais de um período de não encerramento de escolas», considerando que «não é um valor assim tão pequeno».

Por outro lado, Mariana Vieira da Silva realçou que, «neste encerramento de escolas, se incluíram medidas que não existiram no primeiro [encerramento de escolas], nomeadamente a possibilidade de alunos com terapias adicionais, com necessidades educativas especiais continuarem a ir à escola presencialmente – e estão a ir».

Também é possível agora identificar «alunos que precisam de estar presencialmente na escola, não podem estar na escola à distância», salientou a ministra, observando: «muitas vezes desvalorizamos esse trabalho que está a ser feito».

«A nossa vida tem sido muito marcada pela pandemia e eu queria dizer que vai continuar a ser», declarou.

Na quinta-feira, na conferência de imprensa sobre as conclusões do Conselho de Ministros, a ministra de Estado e da Presidência apontou o «número muitíssimo elevado» de pessoas internadas em cuidados intensivos, defendendo que «não é compatível» com a criação de «uma expectativa de um desconfinamento para breve».

«Este é o momento de voltarmos a apelar a todas as portuguesas e portugueses que é preciso considerarmos que estamos com números muito elevados de internamento nos hospitais e nas unidades de cuidados intensivos e, sendo animador o caminho que estamos a fazer, é ainda muito cedo para pensar que ele está perto do fim», reforçou.

Questionada sobre a possibilidade de as escolas reabrirem, a ministra respondeu: «parece-nos prematuro falar para esta próxima quinzena de desconfinamento e nomeadamente em matéria de escolas».

Face ao agravamento da propagação da covid-19 em Portugal, ao abrigo do estado de emergência, que permite a suspensão do exercício de alguns direitos, liberdades e garantias, o Governo impôs um dever geral de recolhimento domiciliário e a suspensão de um conjunto de atividades, desde 15 de Janeiro.

Os estabelecimentos de ensino foram, entretanto, encerrados, com efeitos a partir de 22 de Janeiro, primeiro com uma interrupção letiva por duas semanas, e depois com aulas em regime à distância.

 



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