INSA, DGS e INEM participam em projeto europeu de preparação da resposta a futuras pandemias

«Apesar da resposta robusta da União Europeia (UE) à pandemia da Covid-19, há oportunidades de melhoria»

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), a Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) vão trabalhar num projeto europeu (PANDEM-2), que tem início este mês, com o objetivo de desenvolver processos e sistemas de informação para melhorar a preparação e resposta da União Europeia a futuras pandemias.

Em nota de imprensa, a DGS explica que «as novas soluções desenvolvidas no âmbito do PANDEM-2 vão permitir simular múltiplos cenários e respostas possíveis, bem como formar gestores pandémicos a uma escala nacional e europeia».

«Por outro lado, as ferramentas desenvolvidas vão também permitir melhorar o planeamento e a gestão de recursos essenciais, como camas de internamento, equipamentos de proteção individual (EPI) e vacinas», acrescenta.

Estas soluções permitirão uma resposta coerente e eficaz a uma próxima pandemia. «Apesar da resposta robusta da União Europeia (UE) à pandemia da Covid-19, há oportunidades de melhoria na análise de dados em tempo real, na partilha de informação entre os países e na adoção de políticas comuns e coerentes», reconhece a DGS.

O aumento populacional, as viagens internacionais e os fatores ambientais «aumentam a possibilidade de transmissão de doenças de animais para humanos. Perante estas ameaças, a UE, que é responsável por proteger a saúde e segurança dos cidadãos, pretende desenvolver soluções de partilha de informação e promover a adoção de políticas e abordagens conjuntas entre os Estados-membros e as Agências».

O papel do INSA e da DGS no projeto será principalmente na área dos sistemas de vigilância, do desenho da resposta pandémica e da formação e disseminação das soluções desenvolvidas. Caberá ao INEM participar nas diversas fases deste projeto, nomeadamente no planeamento, implementação, simulação e treino de algumas das ferramentas desenvolvidas, contribuindo desta forma para a otimização da preparação e resposta a eventos pandémicos futuros.

Liderado pela Universidade Nacional da Irlanda (Galway), o consórcio PANDEM reúne líderes europeus das áreas da saúde, segurança, defesa, microbiologia, comunicação, tecnologias da informação e gestão de emergência, assegurando que a ciência mais moderna serve os interesses da prestação de cuidados, do governo e da sociedade. Entre os membros do Advisory Board contam-se a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doença (ECDC).

O projeto PANDEM-2 evolui a partir das questões chave e lições aprendidas de outros projetos financiados pela UE, incluindo o PANDEM original, beAWARE, CARISMAND, DARWIN, SAYSO e IN-PREP. O PANDEM-2 vai também trabalhar nas áreas de investigação de vários projetos em curso como STAMINA, IPHIRI, MOOD, VEO, PATHOCERT e COSMIC.

Com um financiamento total de 9.75 milhões de euros, através do programa Horizonte 2020 da União Europeia para a investigação e inovação, o PANDEM-2 terá a duração de 24 meses.

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