Eurocidade do Guadiana ajuda estabelecimentos turísticos a tornar-se acessíveis a todos

Iniciativa já começou em Espanha. Seguem-se Castro Marim e VRSA

Os estabelecimentos turísticos de Ayamonte, Castro Marim e Vila Real de Santo António, os municípios que compõem a Eurocidade do Guadiana, estão a receber assessoria gratuita em acessibilidade universal, de modo a tornar-se mais “amigos” das pessoas com mobilidade reduzida.

Em Espanha, esta ação já arrancou esta semana e está a cargo da PREDIF – Plataforma Representativa do Estado das Pessoas com Deficiência Física. Seguem-se Castro Marim e VRSA, com a Accessible Portugal a assumir a responsabilidade de «avaliar e certificar individualmente a acessibilidade de cada um dos estabelecimentos ou recursos turísticos da Eurocidade do Guadiana, como restaurantes, hotéis, espaços e edifícios públicos», segundo a Eurocidade do Guadiana.

Este é mais um passo dado por esta entidade «no sentido da sua consolidação como destino turístico acessível. A entidade composta pelos municípios de Ayamonte, Castro Marim e Vila Real de Santo António, pretende tornar-se, não só um destino turístico transfronteiriço de referência, mas também num território onde os seus atractivos possam ser usufruídos também por pessoas com algum tipo de deficiência».

Das mais de setenta unidades de Ayamonte cadastradas na Plataforma Tur4all, «já foram avaliados estabelecimentos turísticos como os hotéis Playa Canela e Playa Marina, bares como o Vinos y Vinilos, Meraki ou Hole in One e edifícios públicos como o Centro Cultural Casa Grande ou o Mercado Municipal».

«Nos próximos dias, um técnico especializado da PREDIF continuará a visitar os estabelecimentos que tenham demonstrado interesse em fazer parte deste projeto, recebendo, além de avaliação e assessoria gratuita, apoio na divulgação dos seus serviços através da plataforma TUR4All, conhecida como o “Tripadvisor da acessibilidade”», segundo a Eurocidade.

Para Remedios Sánchez, vereadora de Educação, Cultura e Cooperação Transfronteiriça de Ayamonte, «melhorar a acessibilidade dos nossos edifícios e estabelecimentos turísticos é, além de uma responsabilidade social, uma importante oportunidade de negócio».

«Este projecto vai permitir-nos assessorar, certificar e promover os serviços turísticos da Eurocidade para que possam aumentar as suas vendas. Este apoio está a ser prestado gratuitamente aos estabelecimentos, o que significa um impulso num momento tão difícil como o actual», concluiu.

Os «meticulosos» trabalhos de avaliação são tanto a nível arquitectónico, «medindo os desníveis das rampas, a largura das portas, a altura das mesas ou cadeiras», como ao nível dos serviços, aferindo se, «por exemplo, têm cadeirões para bebés ou se o seu pessoal é fluente em língua gestual. Pretende-se que o turista com necessidades especiais tenha, antes da chegada ao destino, a real percepção do que vai encontrar para fazer a sua viagem de forma independente».

Esta ação insere-se no projeto EuroGuadiana 2020, cofinanciado com Fundos FEDER da União Europeia através do Programa Interreg V-A Espanha-Portugal (POCTEP).

 

 



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