Autárquicas 2021: Três presidentes estão de saída e cinco podem ser cabeças de lista pela primeira vez

Oito autarcas, caso vençam as eleições, enfrentam o último mandato

Adelino Soares (PS), de Vila do Bispo, e Rui André (PSD), de Monchique, são os únicos dois presidentes de Câmara algarvios que não se podem recandidatar às Eleições Autárquicas deste ano, devido à lei da limitação de mandados. Conceição Cabrita (PSD), de Vila Real de Santo António, até pode, mas já anunciou que não o irá fazer.

Há ainda oito presidentes de autarquia que, se forem reeleitos, vão cumprir o seu último mandato, bem como cinco edis em funções que ainda não foram a votos como cabeças de lista.

Começando pelo Barlavento, em Aljezur, temos um desses casos. José Gonçalves (PS) assumiu a presidência do município, em Março de 2018, depois de o então presidente, José Amarelinho, ter sido condenado pelos tribunais à perda de mandato por prevaricação no licenciamento de obras em Vale da Telha, quando ainda era vereador de Manuel Marreiros.

 

José Gonçalves – Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

José Gonçalves que, ao que tudo indica, será o candidato socialista à Câmara de Aljezur, enfrentará, por isso, pela primeira vez, eleições enquanto cabeça de lista.

No vizinho concelho de Vila do Bispo, haverá mudança de presidente de Câmara pela certa. Adelino Soares (PS) é um dos únicos dois autarcas que não se pode recandidatar, devido à lei da limitação de mandatos. Adelino Soares é presidente desde 2009.

Em Lagos, há mais um caso de um potencial estreante, como cabeça de lista, em eleições autárquicas. O atual presidente Hugo Pereira (PS) herdou o cargo, a meio do mandato, depois de Joaquina Matos ter sido eleita como deputada à Assembleia da República nas eleições legislativas de 2019.

 

Hugo Pereira – Foto: Hugo Rodrigues|Sul Informação

 

Subindo a serra, para o interior, há o caso de Rui André (PSD), em Monchique, que, tal como Adelino Soares, venceu, pela primeira vez, as eleições autárquicas em 2009. Por isso, ao fim de 12 anos, já não se pode recandidatar. Ainda não há fumo branco sobre quem será o candidato do PSD que irá tentar manter a autarquia que, antes da vitória de Rui André, ao longo de 26 anos, tinha sido liderada pelo socialista Carlos Tuta.

Em Portimão, Isilda Gomes (PS) pode recandidatar-se, mas poderá ser também o seu último mandato, depois de ter sucedido, em 2013, a Manuel da Luz, como presidente da Câmara de Portimão.

Situação semelhante em Silves. Rosa Palma (CDU) também venceu as eleições em 2013 e, caso seja reeleita, enfrenta o seu último mandato à frente dos destinos da Câmara Municipal.

Em Lagoa, depois de Francisco Martins ter deixado o cargo de presidente, em 2019, com polémica à mistura, Luís Encarnação (PS) assumiu a presidência da Câmara, a meio do mandato. Encarnação deverá ser o candidato socialista, enfrentando eleições como cabeça de lista pela primeira vez. Este é um caso sui generis, uma vez que Francisco Martins até pode ser reeleito, tendo em conta que irá encabeçar um movimento independente.

 

Luís Encarnação – Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

 

José Carlos Rolo (PSD) também herdou o cargo de presidente da Câmara de Albufeira, depois do inesperado falecimento de Carlos Silva e Sousa, em Fevereiro de 2018.

Apesar de ser já a segunda vez que lidera o executivo neste concelho – também foi presidente, em 2012, depois da saída de Desidério Silva para a Região de Turismo do Algarve -, José Carlos Rolo, caso decida encabeçar uma lista, vai estrear-se em eleições como candidato à presidência.

 

José Carlos Rolo – Foto: Hélder Santos | Sul Informação

 

Em Loulé, Vítor Aleixo (PS) é um dos oito autarcas algarvios que se pode recandidatar pela última vez, depois de ter ganho a Câmara, em 2013, a Seruca Emídio (PSD).

Na capital do Algarve, Rogério Bacalhau (PSD) enfrenta a mesma situação e só poderá ser eleito para mais um mandato. Em 2013, o então vice-presidente de Macário Correia avançou para a candidatura e manteve a Câmara Municipal de Faro “nas mãos” da coligação liderada pelo PSD, repetindo a “proeza” – num concelho muito volátil em termos eleitorais – em 2017.

Em São Brás de Alportel e Olhão, Vítor Guerreiro e António Pina, ambos do PS, chegaram à presidência da Câmara também em 2013 e, caso vençam, também vão ter de deixar a Câmara Municipal em 2025.

Continuando para Sotavento, Ana Paula Martins (PS), em Tavira, assumiu a presidência depois de Jorge Botelho, em 2019, ter sido eleito deputado e, posteriormente, nomeado secretário de Estado. Caso se confirme a candidatura, a autarca também enfrenta o sufrágio dos tavirenses, como cabeça-de-lista, pela primeira vez.

 

Ana Paula Martins – Foto: Hugo Rodrigues|Sul Informação

 

Em Castro Marim, mora um veterano das lides autárquicas. Depois de 20 anos em Alcoutim (1993-2013), Francisco Amaral (PSD) está no segundo mandato enquanto presidente da autarquia castromarinense, sendo que já provou que não tem medo de ir a votos. Em 2019, renunciou ao mandato e, com isso, provocou eleições intercalares, que venceu, reforçando a sua posição na Câmara Municipal. Este ano, caso apresente recandidatura, será a última.

Em Alcoutim, com a saída de Francisco Amaral, em 2013, Osvaldo Gonçalves “resgatou” a Câmara Municipal para o PS e manteve-a socialista nas eleições de 2017. Em 2021, será a última vez que se pode recandidatar.

Por fim, em Vila Real de Santo António, há uma situação diferente: Conceição Cabrita (PSD) venceu as eleições em 2017 e está a terminar o seu primeiro mandato. No entanto, já anunciou que não se irá recandidatar à Câmara Municipal.

Haverá, por isso, de certeza, tal como em Monchique e Vila do Bispo, um novo (ou nova) presidente eleito/a.

 

 

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