600 bombeiros do Algarve começam hoje a ser vacinados

Serão vacinados metade dos bombeiros pertencentes ao quadro ativo e de comando das corporações da região

A vacinação de cerca de 600 bombeiros do Algarve, que representam 50% do quadro ativo e de comando das corporações da região, vai arrancar hoje, dia 11, quinta-feira, revelou ao Sul Informação Paulo Morgado, presidente da Administração Regional de Saúde do Algarve, mas também da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lagos.

A partir de amanhã, «serão vacinadas todas as corporações de bombeiros da região, com exceção da de Vila Real de Santo António, que tem um surto ativo e onde a vacinação vai decorrer assim que possível», acrescentou o mesmo responsável.

Os soldados da paz, cuja vacinação acabou por começar mais tarde do que o previsto, devido aos atrasos no fornecimento de vacinas por parte da indústria farmacêutica, serão inoculados com a vacina da AstraZeneca/Oxford, cujo primeiro lote acabou de chegar a Portugal, disse Paulo Morgado, na segunda-feira.

Nesse mesmo dia, começaram a ser vacinados os cidadãos com mais de 80 anos que não vivem em lares, dando início a uma fase que também inclui pessoas com mais de 50 anos, mas com comorbilidades associadas e doenças crónicas.

A chegada das primeiras vacinas da AstraZeneca/Oxford a Portugal acabou por ser uma janela de oportunidade para as corporações de Bombeiros imunizarem metade dos seus ativos, de modo a assegurar a capacidade de resposta.

Isto porque o Governo Português desaconselhou a administração desta vacina a maiores de 65 anos.

Apesar desta restrição, a solução desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford tem uma vantagem em relação à vacina da Pfizer, a primeira a ser aprovada pela União Europeia e a que tem sido usada por Portugal.

«A vantagem é que, neste caso, a segunda dose é dada 12 semanas depois. Isto permite-nos, rapidamente, vacinar muito mais pessoas com a primeira dose, que dá logo proteção acima dos 70%, o que já é muito bom. Também é uma vacina muito mais simples de administrar e tem menos requisitos técnicos que a da Pfizer», disse o também médico.

Além disso, «pode ser dada, na atual fase, às pessoas com mais de 50 e menos de 65 anos, independentemente de terem comorbilidades ou doenças crónicas», assegurou Paulo Morgado.

 

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