Rede de Arrojamentos do Algarve lança página na internet e apela à ajuda dos cidadãos

Há também uma linha de emergência ativa 24 horas

Baleia arrojada na Praia da Rocha – Foto: Sul Informação

A Rede de Arrojamentos do Algarve (RAAlg) já lançou a sua página de internet e apela agora à participação dos cidadãos, para que aí registem os seus avistamentos de cetáceos (golfinhos e baleias) ou tartarugas marinhas que encalhem mortos na costa algarvia.

A Rede Nacional de Arrojamentos é coordenada pelo Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF). No entanto, a nível regional, pretende-se dar uma resposta mais rápida à ocorrência de arrojamentos e por isso têm vindo a ser criadas redes locais sub-coordenadas por outras entidades (Universidades, ONG).

Desde Outubro de 2020, que a Universidade do Algarve tem vindo a desenvolver um projeto, financiado pelo Fundo Ambiental, de reativação de uma rede de arrojamentos regional.

A RAAlg é composta por três biólogos, dedicados a extrair um máximo de informação de qualquer cetáceo ou tartaruga marinha que apareça arrojado na costa do Algarve.

 

O projeto implicou a criação de uma imagem forte, o estreitamento de ligações com diversas autarquias, empresas de saneamento, unidades de patrulhamento costeiro e Proteção civil, e a criação de um sistema de gestão de alertas com resposta rápida.

É neste contexto que surge a página na internet, onde qualquer cidadão pode reportar os animais mortos que encontra nas praias e outras zonas do litoral.

Esta nova interface pretende ser uma resposta pronta e uma gestão de recursos otimizada por parte da equipa de biólogos. Ana Marçalo, investigadora do CCMAR e da Universidade do Algarve e coordenadora do projeto, salienta que «a página de interneté um passo importante no desenvolvimento da ciência participada».

«De cada vez que um cidadão regista um alerta de arrojamento, permite-nos chegar ao animal em tempo útil para a observação, registo e recolha de amostras que consubstanciem a investigação científica de espécies selvagens marinhas protegidas e de muito difícil acesso», acrescenta a bióloga.

Em próxima articulação com o ICNF, os aterros sanitários e as Capitanias, cuja jurisdição abrange a linha de costa entre Odeceixe e Vila Real de Santo António, a RAAlg usufrui de espaço e infraestrutura para laboratório e sala de necrópsias no Centro de Educação Ambiental de Marim, na Quinta de Marim, como resultado de uma parceria estabelecida com o Parque Natural da Ria Formosa.

Além da página responsiva, que permite o registo de alertas, a RAAlg disponibiliza também uma linha de emergência (968 688 233) ativa 24/7.

 

Fotos: RAAlg

 

 

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