Covid-19: Inspeção-Geral das Atividades em Saúde vai fiscalizar vacinação

Casos de «desvio de critérios» serão esporádicos, mas são «perturbadores»

Foto: Armindo Vicente

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde vai controlar a partir de agora o processo de vacinação contra a Covid-19 através de auditorias, revelou hoje o coordenador da taskforce para o plano de vacinação.

Numa apresentação de uma atualização ao plano de vacinação, Francisco Ramos lamentou o «desvio de critérios» que terá levado à administração de vacinas a pessoas não incluídas nos grupos prioritários para esta primeira fase, mas desvalorizou a ausência de uma entidade a supervisionar o processo desde o seu arranque.

«Este é um plano que é uma gigantesca operação e começou há um mês, não começou há um ano. Suponho que são casos esporádicos, mas são perturbadores, por isso, começa este processo de auditoria», resumiu

Questionado sobre a possibilidade de definição de sanções para eventuais incumprimentos, Francisco Ramos defendeu que «não compete à taskforce» abordar essa situação.

Em relação ao alargamento da capacidade de administrar vacinas contra a Covid-19 a outras entidades, como farmácias ou profissionais do setor privado, o coordenador da taskforce sublinhou que a disponibilidade de vacinas é um problema mais premente nesta primeira fase do que a quantidade de pontos de vacinação existentes.

«O nosso principal obstáculo é a escassez de vacinas e até isso ser ultrapassado é prematuro estar a falar do alargamento da rede de centros de vacinação», observou, tendo Francisco Ramos clarificado que Portugal tem já contratualizado um total de 29 milhões de vacinas para o combate à pandemia.

Quanto a reações adversas à vacina, foram notificados 1.332 casos, com Francisco Ramos a considerar que «não houve até hoje nenhuma notificação de reações que não estivesse prevista» na vacina e que o valor de 0,65 reações adversas por 100 vacinados «está em linha com os dados provisórios que são conhecidos do resto da Europa».

 

 



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