Covid-19: Cuidados Intensivos do CHUA com 87% de ocupação, enfermarias a 80%

Camas nos Cuidados Intensivos Covid «quase duplicaram»

Cuidados Intensivos – Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

As Unidades de Cuidados Intensivos para doentes Covid dos hospitais de Faro e Portimão, do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), têm uma taxa de ocupação de 87%, enquanto as enfermarias para aqueles doentes estão nos 80%, revelou ontem ao Sul Informação a presidente do Conselho de Administração do CHUA.

Ana Castro, que falava durante a abertura do novo internamento para doentes não covid que, desde ontem, funciona no primeiro piso do Hospital de São Gonçalo, em Lagos, mas sob gestão do CHUA, acrescentou que «estamos neste momento numa situação confortável para aquela que é a realidade do país. Mas estamos também a preparar-nos para termos sempre resposta garantida e não nos faltar resposta».

Segundo aquela responsável, ontem, as enfermarias do CHUA baixaram a sua ocupação para 80%. «No Arena, estávamos a dar altas, tínhamos 42 doentes internados de manhã, mas demos entre 6 a 8 altas», acrescentou.

Também nos Cuidados Intensivos, os hospitais públicos algarvios continuam «com vagas». «Temos 21 doentes internados em Faro e 15 em Portimão, por isso ainda temos vagas quer num lado, quer no outro e estamos a aumentar a capacidade», garantiu Ana Castro.

Por seu lado, Paulo Neves, vogal do Conselho de Administração do CHUA, adiantou ao nosso jornal que, nestas últimas semanas, os Cuidados Intensivos Covid «quase duplicaram». «Em Portimão, há agora mais oito camas nos Cuidados Intensivos, em Faro são mais 10», revelou.

A reativação de espaços em unidades hospitalares privadas – em Faro, no antigo Hospital Santa Maria, em Lagos, no São Gonçalo – serviu precisamente para retirar doentes não covid dos hospitais públicos, permitindo libertar espaço para reorganizar a resposta aos casos crescentes de infetados pelo SARS-Cov-2.

Ontem, na abertura da nova ala de internamento em Lagos, a presidente do Conselho de Administração do CHUA tinha explicado que essa iniciativa permitiu «ganhar mais margem para reorganizar os serviços, sobretudo aquele que nos tem preocupado mais, que são os Cuidados Intensivos».

Além da resposta aos doentes algarvios, o CHUA tem estado também a responder a pedidos de fora da região, com doentes vindos de Setúbal ou do Litoral Alentejano a serem internados no hospital de campanha instalado no Arena, em Portimão.

Ana Castro salientou que, «sempre que nos é pedido, continuamos a dar resposta, dentro da nossa disponibilidade». No entanto, ontem, «não tivemos nenhum pedido».

Em termos de pandemia, esta quinta-feira os números no Algarve foram relativamente animadores, se comparados com o resto do país. Depois de, no dia anterior, quarta-feira, a região algarvia ter registado o seu número máximo de casos diários de novas infeções (500), ontem esse número caiu para 327 casos. Será que se vai manter assim hoje?

Também os internamentos baixaram: houve menos 11 doentes internados (total de 246), menos 3 em Cuidados Intensivos (total de 36) e menos 1 ventilado (17). Só que, apesar de ter havido altas, como referiu a presidente do Conselho de Administração do CHUA, também houve muitos óbitos – 10, segundo os dados da DGS.

 

 

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