Coordenador da task-force diz que vacinação deve manter-se em cenário de novo confinamento

«Se, de facto, isso vier a ocorrer ainda quando começar a vacinação nos centros de saúde, a expectativa é que possa ser considerada uma exceção – como há outras – e que as pessoas possam dirigir-se aos pontos de vacinação»

Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação – Arquivo

A vacinação contra a covid-19 deve manter-se mesmo num cenário de novo confinamento em Portugal, face ao agravamento da pandemia, defendeu esta sexta-feira, 8 de Janeiro, o coordenador da task-force nomeada pelo Governo.

«Espero que haja condições para manter o processo de vacinação como uma exceção a esse confinamento, embora a prioridade nas próximas duas ou três semanas continuará a ser, claramente, a vacinação em lares e entidades de cuidados continuados. Portanto, a questão de confinamento não coloca especiais preocupações», afirmou Francisco Ramos à agência Lusa, sobre o cenário já admitido na quinta-feira pelo primeiro-ministro António Costa.

«Se, de facto, isso vier a ocorrer ainda quando começar a vacinação nos centros de saúde, a expectativa é que possa ser considerada uma exceção – como há outras – e que as pessoas possam dirigir-se aos pontos de vacinação para assim a concretizarmos», observou ainda o responsável da task-force de vacinação contra a Covid-19.

Com a intensificação da pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS), derivada dos novos máximos de casos e internamentos hoje atingidos, Francisco Ramos manifestou a esperança de que a situação não venha a condicionar nas próximas semanas a disponibilidade de profissionais de saúde para a administração de vacinas.

«Esperemos que não. A situação não é fácil, mas que nos permita em termos de plano de vacinação continuar a executá-lo para que daqui a alguns meses possamos ter o resultado desse processo», notou, assinalando a adesão à vacina superior a 90% entre os profissionais de saúde e os residentes em lares e internados em unidades de cuidados continuados, confirmando a «expectativa positiva» das autoridades no arranque da primeira fase.

 



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