Lançado concurso para a eletrificação da Linha do Algarve entre Lagos e Tunes

Obra deverá estar concluída em 2023

Estação de Lagos – Imagem de Arquivo – Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

O concurso público para a obra de eletrificação da Linha do Algarve entre Lagos e Tunes foi ontem publicado pela empresa Infraestruturas de Portugal em Diário da República.

Esta obra, à semelhança da que foi lançada no final de Outubro para eletrificar a linha entre Faro e Vila Real de Santo António, deverá custar cerca de 23 milhões de euros e estar pronta «no final de 2023».

Ao abrigo desta empreitada, ir-se-á proceder à eletrificação, com o sistema 25 kV/50Hz, de um troço com 45 quilómetros de extensão.

Entre as muitas ações previstas, conta-se a intervenção nas pontes metálicas de Portimão e Vale da Lama existentes, para instalação de catenária, a pintura desta última ponte e a construção de uma nova infraestrutura de suporte aos sistemas de sinalização e telecomunicações.

Faz, igualmente, parte do projeto «a intervenção de reforço das condições de estabilidade em taludes e a reabilitação ou execução de novo sistema de drenagem longitudinal e transversal à via».

Outra obra prevista é a de requalificação da Passagem de Nível nas imediações do Apeadeiro de Poço Barreto – Silves (313,914) para atravessamento unicamente de peões.

«Como alternativa mais segura para a circulação automóvel e ferroviária, será construída uma Passagem Superior Rodoviária ao quilómetro 314,254», segundo a Infraestruturas de Portugal.

Também serão suprimidas as Passagens de Nível localizadas nas imediações da Estação de Estômbar-Lagoa (quilómetro 324,964) e junto à Estação de Portimão (quilómetro 330,572).

Em ambos os casos, a «alternativa mais segura para a circulação automóvel e ferroviária» será a construção de uma passagem superior rodoviária.

Em Estômbar, a passagem será instalada no mesmo local da passagem nivelada, enquanto junto à Estação de Portimão será construída um pouco a Poente do atravessamento a eliminar, ao quilómetro 330,009.

Este investimento visa «assegurar que todo o trajeto na Linha do Algarve possa ser realizado com recurso a material circulante elétrico, resultando daí vantagens ambientais e vantagens relativamente à melhoria de qualidade do material circulante», ilustrou a IP.

Por outro lado, pretende-se «melhorar a mobilidade no arco metropolitano do Algarve» e «potenciar o sistema ferroviário com condições de operação que sejam independentes do consumo de combustíveis fósseis».

O projeto de eletrificação da Linha do Algarve, que está a ser desenvolvido pela Infraestruturas de Portugal, está integrado no programa de investimentos designado Ferrovia 2020.

«A eletrificação da Linha do Algarve compreende um investimento global de 65 milhões de euros, comparticipado pela UE, que engloba o desenvolvimento de Estudos e Projetos, a execução de duas empreitadas de eletrificação, a construção de uma subestação de tração elétrica em Olhão e a ampliação da subestação de tração elétrica de Tunes», explica a empresa de capitais públicos responsável pela obra.

A execução de empreitadas em ambos o troços a eletrificar, «para remodelação do sistema de energia das salas técnicas e reformulação de passagens de nível» e «uma empreitada de trabalhos associados aos sistemas de telecomunicações ferroviárias», são outras ações previstas.

A empreitada que foi ontem para concurso «integrará a candidatura a submeter no âmbito do COMPETE 2020, com a designação “Empreitada de Eletrificação da Linha do Algarve no troço Faro / Vila Real de Santo António”, referente à qual se prevê um financiamento comunitário de cerca de 85%».

O concurso para eletrificação da Linha do Algarve entre Faro e VRSA já tinha sido lançado pela IP em Outubro.

 

 

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