Exposição da Corrida Fotográfica de Portimão abriu sem palmas, discursos ou foto de família

Mostra fica patente no Museu de Portimão até ao dia 25 de Abril próximo

Francisco Martins, o grande vencedor desta 20ª Corrida Fotográfica, posando frente às suas imagens premiadas

Foi uma inauguração diferente, de uma exposição diferente, num ano como não há memória. A mostra dos trabalhos vencedores da 20ª Corrida Fotográfica de Portimão abriu na manhã deste sábado, no Museu da cidade, mas desta vez não houve entrega de prémios, nem palmas, nem cumprimentos e discursos. Muito menos foto de família.

O tema desta edição especial da Corrida Fotográfica já tinha sido os tempos estranhos da Covid-19, de modo a que o Museu de Portimão, que organiza o certame, com esta iniciativa, pudesse contribuir para o registo da memória da pandemia através das fotografias enviadas pelos concorrentes. Os próprios subtemas a isso convidavam: «Tempos Estranhos», «Sinais de Distância», «Lugares de Esperança» e «Solidariedade».

Neste «período de tão difícil e forte constrangimento social», grande parte dos trabalhos concorrentes e galardoados pelo júri são a preto e branco. José Gameiro, diretor científico do Museu de Portimão e presidente do júri, comentou: «nós não pedimos isso, mas penso que estes tempos que vivemos levaram grande parte dos fotógrafos a escolher o preto e branco, que traduz melhor a situação atual».

Porque não houve inauguração oficial – por razões sanitárias – alguns dos premiados e outros concorrentes foram visitando a exposição ao longo do dia, para ver o resultado do seu esforço impresso em tamanho grande. Um deles foi precisamente o vencedor do 1º prémio, Francisco Martins, que é, aliás, o concorrente mais vezes premiado ao longo dos vinte anos desta Corrida Fotográfica.

Os vencedores desta edição são: 1º – Prémio Francisco Martins; 2º – Prémio Elsa Martins; 3º Prémio – José Oliveira; 4º Prémio – Hugo Esteves; “Prémio Jovem” – Matilde Gonçalves.

Além destas categorias, a exposição inclui ainda o “Prémio Especial do Júri”, atribuído a Gonçalo Caetano, bem como as duas melhores fotografias de cada um dos quatro temas referidos.

A exposição, integrada nas comemorações do Dia da Cidade de Portimão, fica patente até 25 de Abril próximo, podendo também ser vista no site do Museu de Portimão.

Ontem abriu também, noutra sala do museu, a exposição “Bem-Vinda Sejas Amália”, de homenagem à grande diva do fado, que poderá ser vista até 10 de Janeiro. Está igualmente disponível online no site do Museu de Portimão.

 

Fotos: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

 

 

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