Covid-19: Agência Europeia do Medicamento aprova vacina da Pfizer-BioNTech

Este é «um passo significativo» na luta contra a pandemia

Foto: Seda Servet|Shutterstock.com

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) aprovou hoje, 21 de Dezembro, a utilização da vacina da Pfizer-BionNTech contra a Covid-19, que poderá, assim, começar a ser administrada na União Europeia ainda este ano.

«Apraz-me anunciar que o comité científico da EMA reuniu-se hoje e recomendou uma autorização condicional de mercado na UE para a vacina desenvolvida pela BioNTech e pela Pfizer. A nossa opinião científica abre caminho à primeira autorização de mercado para uma vacina contra a Covid-19 na UE», anunciou a diretora-executiva da entidade que regula a aprovação de medicamentos na UE Emer Cooke.

Numa conferência de imprensa desde Amesterdão, Cooke apontou que a decisão «é válida para os 27 Estados-membros, ao mesmo tempo» e comentou que esta constitui «um passo significativo em frente na luta contra esta pandemia».

Para que a esta vacina possa começar a ser comercializada e administrada na UE, resta agora a aprovação pela Comissão Europeia, o que deverá acontecer no espaço de 48 horas, permitindo assim que a campanha de vacinação arranque nos Estados-membros a partir de 27 de Dezembro, como anunciara a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen.

Reportando-se ao «debate intenso dos últimos meses na praça pública» sobre o desenvolvimento de vacinas contra a covid-19, «com uns a pedirem maior rapidez na aprovação e outros a manifestarem receio de o processo estar a ser acelerado», a diretora-executiva da EMA fez questão de deixar a garantia de que a agência atuou de forma autónoma, orientando-se «pela força das provas científicas e nada mais».

«Deixem-me dizer isto muito claramente: embora tenhamos feito todos os esforços para acelerar o nosso processo de avaliação, garantir a segurança da vacina foi a nossa prioridade ‘número um’. Estas vacinas serão administradas a milhões de pessoas na UE, e nós estamos bem conscientes da enorme responsabilidade que temos», declarou.

Cooke apontou que a conclusão de hoje, que se «baseia em dados de ensaios clínicos em mais de 40 mil participantes e tem em conta informação adicional [fornecida pelas farmacêuticas norte-americana Pfizer e alemã BioNTech], incluindo no fim-de-semana», é que «a vacina cumpre os exigentes padrões da EMA» e «mostra de forma convincente que os benefícios são maiores que os riscos».

Apontando que ainda é necessário estudar de forma mais aprofundada a nova variante do SARS-CoV-2 que apareceu no Reino Unido, a EMA apontou, todavia, que «é altamente provável que esta vacina seja também eficaz contra a nova estripe» do vírus.

A vacina desenvolvida conjuntamente pelos laboratórios Pfizer e BioNTech (Alemanha) é assim a primeira a ser aprovada para utilização na UE. Esta mesma vacina já começou a ser administrada em vários países ocidentais, como por exemplo no Reino Unido e nos Estados Unidos.

Além desta vacina da Pfizer e BioNTech, a Comissão Europeia já tem uma carteira com seis outras potenciais vacinas, desenvolvidas pela AstraZeneca, Sanofi-GSK, Johnson & Johnson, CureVac e Moderna.

Esta última deverá ser a próxima a receber ‘luz verde’ da EMA, estando o parecer da agência europeia provisoriamente agendado para 6 de Janeiro, revelou hoje mesmo Emer Cooke.

Comentários

pub