Bispo do Algarve lembra «vítimas da pandemia» na mensagem de Natal

D. Manuel Quintas salienta que esta quadra «nos vai trazer, mais uma vez, a certeza de que Deus, porque nos ama a todos como filhos, não desiste de nós

Foto: Folha do Domingo – Arquivo

O Bispo do Algarve lembrou, na mensagem de Natal deste ano, as «vítimas diretas ou indiretas da pandemia»: os que perderam a vida, mas também os que ficaram sem emprego. 

O prelado algarvio recorda que «neste tempo conturbado e sombrio de pandemia» é «frequente» escutar-se ou dizer-se que este ano todos se sentem «responsavelmente obrigados» a «celebrar um Natal diferente».

Este termo assume «uma abrangência muito diversa» devido aos «ausentes, antes habituais à mesa natalícia», aos «familiares vítimas diretas ou indiretas da pandemia (falecidos, internados, contagiados, desempregados temporária ou já definitivamente)», à «frugalidade, nestas circunstâncias, da refeição natalícia», à «impossibilidade de exprimir os gestos habituais de afeto, mesmo entre a família alargada», à «limitação das visitas ou saídas habituais nesta quadra, nomeadamente a hospitais, estabelecimentos prisionais e a lares de idosos» e ao «confinamento que, compreensivelmente, é imposto, pela necessidade de proteção mútua».

Apesar dessas diferenças, D. Manuel Quintas salienta que esta quadra «nos vai trazer, mais uma vez, a certeza de que Deus, porque nos ama a todos como filhos, não desiste de nós, tal como nunca desistiu, mesmo nas horas mais sombrias, do povo de Israel».

«Manifesta-se como luz que ilumina e desfaz as sombras pandémicas que nos envolvem, revelam a nossa fragilidade e vulnerabilidade e são causa de temor e de falta de esperança», acrescenta.

Essa luz, afirma D. Manuel Neto Quintas, «continua hoje, como há dois mil anos, a indicar a todos o caminho do sentido da vida e da construção de um mundo verdadeiramente humano. Luz que desfaz as sombras de um mundo confinado e abre o nosso coração aos outros, particularmente aos mais desfavorecidos».

O Bispo salienta que essa é a missão do cristão, tal como afirmou recentemente o Papa Francisco: «este é o nosso serviço ao mundo: iluminar todas as realidades humanas, particularmente as situações onde a escuridão é mais densa como esta que atravessamos».

«Façamo-nos mensageiros desta Luz que, desde Belém, continua a brilhar para nós e para todos», conclui o prelado algarvio.

 

 

 



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