Situação no Algarve «não é tão confortável como gostaríamos» para Natal e Ano Novo

Em comparação com ontem, o Algarve tem mais 77 casos de Covid-19

Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

O Algarve tem «uma situação que não é tão confortável como aquela que gostaríamos» para a época de Natal e Ano Novo, disse esta quinta-feira, 17 de Dezembro, a delegada regional de Saúde, na conferência de imprensa de atualização da situação pandémica na região.

Ana Cristina Guerreiro explicou que «temos de ser cautelosos e manter as medidas que têm sido tanto faladas: o uso da máscara, o distanciamento e a lavagem das mãos, aplicando-as a todas as situações».

Em comparação com ontem, o Algarve tem mais 77 casos de Covid-19, segundo os dados divulgados pela Autoridade de Saúde Regional. Há também mais um óbito a lamentar, num total de 68. Trata-se de uma senhora de 59 anos, de Portimão, «ligada a um surto nos cuidados paliativos» desta cidade.

Por outro lado, o número de recuperados ascendeu aos 4.827 (+132), o que faz com que os casos ativos tenham descido para 1302 (menos 56).

Nos hospitais da região (Faro e Portimão) estão internadas 40 pessoas, mais 5 do que ontem, 10 das quais nos cuidados intensivos. 4 doentes estão ventilados. Os contactos em vigilância ativa são agora 1881.

Segundo Ana Cristina Guerreiro, o pico desta segunda vaga, no Algarve, deu-se a «22 de Novembro», algo «coincidente com o país». «Temos vindo a descer, mas de forma relativamente lenta e progressiva», acrescentou.

A região tem tido «vários surtos», mas com «números menos elevados» do que outras regiões. Um destes surtos é no Lar Rainha Dona Leonor (Lagos), com um total de 25 casos, e que dura desde 16 de Novembro.

 

Estabelecimento Prisional de Faro – Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

 

O surto do Estabelecimento Prisional de Faro «está totalmente controlado, apesar de ainda não estar encerrado». Também existem «pequenos surtos em instituições de saúde (cuidados paliativos de Portimão, que envolveu oito pessoas entre doentes e funcionários) e em equipas de futebol juvenil», acrescentou Ana Cristina Guerreiro.

Ainda assim, a transmissão da Covid-19, na região, «é muito familiar».

Por isso, a delegada regional de Saúde confessou que está «preocupada» com o Natal e a passagem de ano.

«O Natal é muito diferente em Portugal de outros países – há um conjunto de tradições que propiciam o contágio. Se as pessoas se reunirem, vindas de núcleos familiares diferentes, há risco de contágio. Quando se reúnem pessoas que vêm de fora, ou porque são estudantes ou primos que vêm de outras localidades, aumenta o risco em particular com os idosos», explicou Ana Cristina Guerreiro.

Questionada sobre se deverá haver limites ao número de pessoas a passar juntas o Natal, a delegada regional de Saúde defendeu que se «deve optar pela sensibilização das pessoas».

«Eu acho que é difícil, nesta situação, optar pelo policiamento. As atitudes e os comportamentos vão acontecer dentro das casas das pessoas. Se seis ou oito pessoas, tudo é falível. Acho que se deve optar na sensibilização das pessoas para tomarem as melhores atitudes a qualquer momento», disse ainda.

Quanto ao Ano Novo, Ana Cristina Guerreiro disse que «é mais fácil tomar medidas mais restritivas». «Estamos sempre a pronto de tomar medidas, se as coisas correrem mal no Natal», concluiu.

 

 

Ajude-nos a fazer o Sul Informação!
Contribua com o seu donativo, para que possamos continuar a fazer o seu jornal!

Clique aqui para apoiar-nos (Paypal)
Ou use o nosso IBAN PT50 0018 0003 38929600020 44

 

 



Comentários

pub