Mestrado Integrado em Medicina da UAlg já tem inscrições abertas

Para a edição do ano letivo 2021/2022, o Mestrado Integrado em Medicina da Universidade do Algarve tem disponíveis 64 vagas

O Mestrado Integrado em Medicina (MIM) da Universidade do Algarve (UAlg) tem, até 22 de Dezembro, abertas candidaturas para o ano letivo 2021/22.

Este curso, centrado num método de aprendizagem inovador, Problem Based Learning (PBL), comporta o ensino clínico desde o 1º ano e destina-se apenas a alunos já licenciados.

Para a edição do ano letivo 2021/2022, o Mestrado Integrado em Medicina da Universidade do Algarve tem disponíveis 64 vagas. Este é o mesmo número do ano passado, sendo que o objetivo, já assumido pelo ministro Manuel Heitor, passa por, no futuro, chegar às 100 vagas.

«Depois de ter conseguido afirmar-se no plano nacional e internacional, o Mestrado Integrado em Medicina (MIM) tem contribuído de forma muito positiva para a fixação de médicos no Algarve e para a melhoria da qualidade dos cuidados de saúde e investigação associada, nomeadamente através da formação de cerca de 300 novos médicos, dos quais cerca de 37% trabalha presentemente na região algarvia», diz a UAlg.

A Universidade destaca «ainda o aumento do número de médicos doutorados no Algarve, que passou de 2, em 2009, para mais de 25, em 2020».

A Ordem dos Médicos também já reconheceu publicamente o Curso de Medicina da UAlg, nomeadamente pela incorporação da atribuição dos prémios “Manuel Machado Macedo” aos melhores estudantes do MIM-UAlg no âmbito das cerimónias de “Juramento de Hipócrates” em Lisboa.

Este reconhecimento também é expresso pela conquista do 1º lugar no Campeonato Europeu de Simulação Médica (2018) e pelas classificações obtidas nos exames de acesso à especialidade médica, com um graduado pela UAlg a obter a melhor classificação na primeira edição da Prova Nacional de Acesso (PNA), onde os restantes finalistas também obtiveram uma média superior nacional.

A UAlg realça «ainda os exames do “European Board of Medical Assessors”, cujos resultados dos estudantes do MIM se situaram acima da média populacional das universidades participantes: Universidade de Helsinki, Finlândia; Universidade de Maastricht, Holanda e David Tvildiani Medical University, Geórgia».

O Mestrado Integrado em Medicina da UAlg, criado em 2008, foi descrito pelo então Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, como «inovador no nosso país em termos pedagógicos» não só pelo processo de seleção permitir a entrada de alunos já detentores do primeiro ciclo de estudos universitários, mas também por assentar num modelo pedagógico em regime tutorial experimental, baseado em estudo de casos clínicos.

Este curso tem a duração de quatro anos, o seu programa é integralmente baseado em Problem Based Learning (PBL) e comporta o ensino clínico desde o 1º ano. Embora a maior parte destas características não seja inovadora, por si só, dado que outras escolas médicas estrangeiras as aplicam de uma ou de outra forma, a integração de todas elas no mesmo curso de Medicina só se verifica na UAlg.

Outra grande diferença em relação aos outros cursos de Medicina nacionais relaciona-se com os critérios de seleção: para além de ser necessário deter uma licenciatura, os candidatos são, também, submetidos a uma primeira fase de avaliação das suas capacidades cognitivas e linguísticas e, a uma outra, baseada na avaliação dos valores humanos.

O contacto precoce com a Medicina Geral e Familiar (MGF) é outro dos fatores diferenciadores. Os cuidados de saúde primários são a pedra basilar para a promoção da saúde e para o controlo da doença em sociedades como a sociedade portuguesa. Este curso pretende educar os futuros médicos para uma abordagem alargada à pessoa e à comunidade.

«O contacto com o doente desde a primeira semana de aulas, tutorizado por um especialista em MGF numa relação de 1:1, é a base para a preparação do médico para qualquer especialidade, não só MGF», refere Isabel Palmeirim, diretora do curso.

Este foi o primeiro mestrado em Medicina criado em Portugal, à semelhança dos que já existiam na maioria dos países desenvolvidos, exclusivamente para alunos que detenham o primeiro ciclo de estudos universitários.

A receber mais de 400 candidaturas por ano para apenas 32 vagas (nos primeiros 4 anos), depois 48, e agora 64, este curso já formou perto de 300 médicos. Além da região do Algarve, estes encontram-se distribuídos por todo o país e até em países europeus, pela maioria das especialidades médicas, como é o caso da Neurocirurgia, Cardiologia, Cirurgia Maxilofacial, Medicina Geral e Familiar (MGF), Gastroenterologia, Urologia e Anestesia.

Já com uma boa parte do seu corpo docente acreditado em Educação Médica pela Associação Europeia de Educação Médica, a Faculdade de Medicina e Ciências Biomédicas da UAlg tem como um dos seus objetivos o desenvolvimento da região do Algarve como um local atrativo para a prática da Medicina e formação de jovens médicos.

Neste sentido, foi criado o ABC- Algarve Biomedical Center, um consórcio entre a Universidade do Algarve e o Centro Hospitalar Universitário do Algarve, que pretende reunir investigadores, alunos, profissionais de saúde e representantes de entidades ligadas ao ensino, formação, investigação científica e desenvolvimento regional, tendo como objetivo a melhoria dos cuidados de saúde.

 

 



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