Lagos homenageou o Infante nos 560 anos da sua morte

Cerimónia simbólica e missa

Esta sexta-feira, 13 de Novembro, assinalaram-se os 560 anos sobre a morte do Infante D. Henrique, uma das figuras históricas mais emblemáticas para Portugal e para Lagos em particular, tendo sido um dos grandes responsáveis pelos Descobrimentos portugueses.

Para assinalar a data, o município de Lagos fez a habitual deposição de flores na estátua erigida em sua homenagem, na Praça do Infante, à qual se seguiu uma missa em sua honra, na Igreja de Santa Maria, mediante cumprimento de todas as normas de segurança em vigor.

Filho de D. João I e de Filipa de Lencastre, Henrique, o Navegador, tinha o sonho de chegar a terras desconhecidas. Depois da conquista de Ceuta em 1415, ganhou confiança para enviar navegadores para explorar a costa ocidental de África e para se aventurar nas águas misteriosas do Atlântico.

Esses feitos culminaram com Gil Eanes a dobrar o temível Cabo Bojador em 1434. A partir daí, a geografia do mundo mudou, dando início ao processo de globalização que hoje conhecemos.

Antecedendo o período dos Descobrimentos, o Infante D. Henrique considerou que a vila de Lagos, povoação que foi capital do reino dos Algarves, tinha uma baía larga ideal para navegar, uma proximidade ideal com Marrocos e pescadores habituados às águas difíceis em mar alto.

Foi em Lagos que juntou cartógrafos, astrónomos e navegadores, oriundos de vários países, para desenvolver novas técnicas, desenhar cartas náuticas e projetar barcos mais velozes, preparando as grandes navegações.

«Num ano de restrições para garantir a segurança de toda a comunidade, o município não podia deixar de homenagear tão célebre figura com estes gestos simbólicos, mas de grande reconhecimento pelos seus feitos na nossa História», salienta a Câmara de Lagos.

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