Investigadores da Universidade do Algarve estudam impactos da quarentena na saúde mental

A primeira fase do estudo está concluída e prepara-se a apresentação pública dos resultados preliminares

Um grupo de docentes e investigadores da Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve coordena, em Portugal, um estudo de cariz internacional que tem como objetivo avaliar o impacto da quarentena ou isolamento na saúde mental da população portuguesa devido à Covid-19.

Participam ainda neste projeto investigadores da Universidade de Évora, da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Leiria e de universidades brasileiras.

A primeira fase do estudo está concluída e prepara-se a apresentação pública dos resultados preliminares. Em Portugal continental e ilhas foram inquiridas 918 pessoas, durante o período de confinamento.

A amostra apresenta uma média de idades aproximada de 43 anos, sendo que 42% eram casados e mais de 70% dos inquiridos foram mulheres. Dos casados, 42% referiram sintomas depressivos (35,8%) e de ansiedade generalizada (20%).

Dos dados encontrados evidencia-se a presença de sintomas depressivos e de ansiedade generalizada particularmente associada ao género feminino (cerca de dois vezes superior aos homens) e nos indivíduos mais jovens (cerca de dois vezes maior nos jovens).

«Os sintomas depressivos e a ansiedade generalizada tiveram maior chance de surgir em pessoas mais jovens, essencialmente mulheres, que estavam insatisfeitas com a sua saúde e rendimento económico e ainda em pessoas que referiram ser pouco espirituais», diz a UAlg.

Existirá uma segunda fase deste projeto seis meses após o primeiro contato com os sujeitos do estudo, concretizando-se num novo momento de avaliação dos mesmos conceitos para efeitos comparativos.

 



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