Duas aves alvo de tentativa de abate a tiro ingressaram no RIAS numa só semana

Das duas aves, apenas uma se salvou, continuando a recuperar

Duas aves de rapina, que foram alvo de tentativa de abate a tiro, ingressaram no RIAS – Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens numa só semana. Tratou-se de um milhafre-preto (Milvus migrans) e de um açor (Accipiter gentilis). Só o milhafre se salvou.

Segundo o Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens que funciona na Quinta de Marim (Olhão), o milhafre-preto (Milvus migrans) foi encontrado em Salir e transportado até ao RIAS pela equipa SEPNA/GNR de Loulé.

 

 

Além de duas fraturas antigas, a equipa veterinária encontrou três projéteis de caçadeira (dois no cúbito esquerdo e um no costado direito) alojados no corpo da ave.

O milhafre já se encontra no túnel (instalação exterior com cerca de 50 metros), onde irá recuperar a condição física, realizando fisioterapia diariamente, e onde lhe será fornecido alimento adequado.

 

Nessa mesma semana, encontrado por Sapadores Florestais, ingressou no RIAS um açor (Accipiter gentilis) proveniente da freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim. Durante o exame físico, foi possível observar uma fratura exposta no metacarpo direito.

Suspeitando de tiro, a equipa veterinária realizou um exame radiológico, onde se observaram de facto três projéteis no corpo da ave.

Pelo ferimento, estimou-se que tivesse sido atingido cerca de cinco dias anteriores ao seu ingresso, o que terá causado a debilidade extrema em que se encontrava e, infelizmente, conduzindo à sua morte.

O RIAS relembra que o abate a tiro é um crime contra a natureza e que estas são espécies protegidas pelo Decreto Lei 49/2005.

 

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A sua ajuda será um apoio importante para a manutenção e melhoria do funcionamento do RIAS, que terá o maior gosto em manter os seus apoiantes informados acerca das atividades desenvolvidas no centro de recuperação, bem como de outros projetos nos quais o RIAS participe.

 



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