Autarquias do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina unem-se para combater caravanismo selvagem

Presidentes das Câmaras de Odemira, Aljezur e Vila do Bispo estiveram reunidos com membros do Governo para falar do futuro do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV)

Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

As quatro Câmaras Municipais do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV) vão avançar com ações conjuntas para combater o autocaravanismo e campismo selvagem e dar «passos concretos para preparar e assumir» a cogestão desta área protegida.

Estas foram duas decisões que saíram de uma reunião entre os presidentes das Câmaras de Vila do Bispo e Aljezur, ambos do Algarve, e de Odemira, no Baixo Alentejo, com João Paulo Catarino e Jorge Botelho, os secretários de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território e da Descentralização e Administração Local, respetivamente.

Na reunião, participaram, ainda, os responsáveis nacional e regional pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, Nuno Banza e Castelão Rodrigues.

Além do autocaravanismo e campismo selvagem e da cogestão do Parque Natural, estiveram em cima da mesa os desafios colocados no âmbito do Perímetro de Rega do Mira, assim como a necessidade da revisão do Plano do PNSACV, que urge a sua rápida concretização.

Para as Câmaras envolvidas, esta reunião «muito proveitosa», é «urgente que se tomem medidas e ações, para salvaguarda deste território e, ao mesmo tempo, que respondam aos desafios que são colocados a esta região, onde o Alentejo se une ao Algarve».

 

 

O encontro entre as diferentes entidades aconteceu no seguimento do encontro entre os presidentes de Câmara, em Julho, onde, «entre outras, concluíram que, entre o deve e o haver, a conservação da natureza e a biodiversidade continuam a ser a grande mais-valia para esta região».

A autarquia odemirense salienta que «são grandes os desafios» que se colocam aos quatro municípios que contam com o PNSAVC no seu território.

«Várias atividades económicas, como o turismo, a agricultura, a pesca, entre outras, começam a colocar em causa algum do equilíbrio que é defendido e necessário, para que esta continue a ser uma das paragens mais preservadas do País e da Europa, sendo o desafio enorme para manter o equilíbrio e a necessidade de valorização das atividades tradicionais», defendem os três municípios.

Os autarcas também abordaram as necessidades de investimento, nas mais diversas áreas, «agora que os problemas e desafios tendem a agravar-se», tendo em conta que este território é cada mais procurado «para investimentos na agricultura, turismo, entre outros. Acentua-se a urgência, por parte do Estado Central, em investir e olhar para estes territórios, que pelas suas caraterísticas únicas, em termos de biodiversidade, há muitos anos que anseiam e esperam vários investimentos, em serviços públicos, em equipamentos e infraestruturas».

 

 



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