AMAL e CCDR apelam à diversificação da economia em reunião do InvestAlgarve

O encontro contou com cerca de 70 participantes e teve como oradores convidados várias individualidades da região

Diversificar a base económica da região é «imperioso». A AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve promoveu, esta quarta-feira, 11 de Novembro, uma reunião da rede InvestAlgarve, e essa necessidade de a região ser mais do que o turismo foi uma ideia defendida tanto por António Pina, como por José Apolinário. 

O encontro contou com cerca de 70 participantes e teve como oradores convidados várias individualidades da região.

O programa incluiu a apresentação de vários painéis focados em três temas estratégicos: “Os Instrumentos de Apoio à Recuperação e Desenvolvimento do Algarve (2021 – 2027)”; “O futuro do setor agroalimentar no Algarve” e “A situação do emprego no Algarve e principais medidas previstas”.

No que diz respeito aos oradores, participaram no encontro várias individualidades, em especial do Algarve, entre elas: Pedro Monteiro (DRAP Algarve), Sara Silva (Comissão Vitivinícola do Algarve), Vítor Neto (NERA), Miguel Freitas (UAlg), Luís Gomes (UAlg), Carlos Lobo (E&Y) e Madalena Feu (IEFP).

«Fortalecer a economia do Algarve e melhorar as taxas de execução dos programas operacionais regionais» são dois dos principais objetivos que José Apolinário, o novo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) Algarve, aponta para os próximos anos.

Para este responsável, «é, igualmente, imperioso – até porque o contexto pandémico que vivemos atualmente assim o exige – , salvar as empresas da região, valorizando fortemente a economia local».

Quanto ao Plano de Recuperação do Algarve, que está a ser desenvolvido pela AMAL em parceria com a Universidade do Algarve, José Apolinário considerou que «é importantíssimo que chegue a bom porto para preparar a região para o futuro, tornando-a mais resiliente e com áreas mais diversificadas na sua base económica, não estando esse peso apenas no setor turístico».

Esta ideia foi também defendida por António Pina, presidente da AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve. O autarca disse mesmo que «diversificar as áreas económicas do Algarve é, também, a grande bandeira da AMAL neste processo».

«Não podemos ser uma região que continue a depender do setor turístico para o seu desenvolvimento. É um setor muito importante, mas não podemos depender unicamente dele e a pandemia veio recordar-nos isso», disse.

O também presidente da Câmara de Olhão sublinhou que «precisamos de fomentar o hábito de consumir localmente. É necessário, por exemplo, que se crie a consciência, tanto nos que cá vivem, como nos que nos visitam, que é importante consumir os produtos locais que são, aliás, de ótima qualidade».

Os projetos que forem aprovados neste Plano de Recuperação vão espelhar a preocupação e expectativas dos 16 municípios do Algarve em várias áreas (nomeadamente saúde, habitação, mobilidade, alterações climáticas) e terão de ser executados até 2026.

O Plano nacional conta com um orçamento de 12,9 mil milhões de euros, com financiamento através de subvenções, sendo 70% desembolsado durante 2021 e 2022, e o restante em 2023.

A AMAL está a desenvolver este Plano para a região com a Universidade do Algarve – Faculdade de Economia e uma equipa de consultores experiente nestas matérias.

«Este é, porventura, o maior desafio da nossa região dos próximos tempos. E é um desafio de todos, assim o saibamos defender e concretizar», concluiu António Pina.

 



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